BRASÍLIA – O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou em seu discurso em plenário que votar o processo de sua cassação à vésper do processo eleitoral é transformar o seu caso em um “circo”.
– Marcar uma votação como essa à véspera do processo eleitoral é querer transformá-la em ?circo? – disse Cunha.
Ele reclamou que sofreu tratamento diferenciado tanto pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, quanto pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ressaltou que em março do ano passado foram abertos inquéritos contra mais de 40 políticos e somente no seu caso e do deputado Nelson Meurer (PP-PR) houve aceitação de denúncia.
– Essas denúncias não têm comparação. O prazo médio de aceitação de denúncia no Supremo é de 662 dias. No meu caso, foi menos de 60 dias – afirmou.
Cunha por diversas vezes fez ataques ao PT. Foi interrompido quando afirmou que os escândalos de corrupção na Petrobras ocorreram para financiar campanhas e enriquecimento de integrantes do PT.
– Estamos aqui vivendo processo de natureza politica dentro do conceito da denúncia do chamado petrolão, que é esquema montado pelo governo do PT para financiar campanhas eleitorais e para enriquecimento próprio – disse Cunha, sendo interrompido por petistas.
Ressaltou que em 2006 fazia oposição ao governo do PT e é dessa data que surge a primeira acusação contra ele na Lava-Jato.
– Em 2006, quando teve essas operações da primeira denúncia eu era radicalmente oposição – disse.