Pelo terceiro ano consecutivo, o Futebol Clube Cascavel chega a fase “mata-mata” da Série D do Brasileirão. O jovem time do Oeste, fundado em 2008, fez boas campanhas na competição nacional até chegar nos confrontos diretos. Em 2020, o time caiu diante do Novorizontino, após perder o jogo de ida por 3 a 0 e vencer no Olímpico por 1 a 0, sendo eliminado no saldo de gols. Já em 2021 o adversário no “mata-mata” foi o Cianorte. Depois de um empate em 0 a 0 no Estádio Albino Turbay, a Serpente foi derrotada por 3 a 0, em casa, e se despedida da competição.
Neste sábado (23), às 15h30, a Serpente Aurinegra faz o primeiro jogo da segunda fase contra o Paraná Clube, no Olímpico. O time comandado por Tcheco quer vencer bem e levar vantagem para o jogo de volta, no outro sábado (30), na Vila Capanema.
Altos e Baixos
Durante o ano, o Cascavel teve altos e baixos nas três competições disputadas. No Paranaense, a equipe parou nas quartas de final, diante do Maringá. Já na Copa do Brasil, a Serpente despachou a Ponte Preta, mas caiu diante do Tocantinópolis, time que também disputa a Série D.
Agora, o Cascavel quer espantar o fantasma do “mata-mata” e avançar. Caso conquiste a classificação para as oitavas de final, o time estará muito próximo do acesso à Série C. Os quatro semifinalistas sobem de divisão.
O que mudou?
A reportagem do O Paraná fez um levantamento sobre as mudanças que ocorreram no time que disputou o primeiro jogo oficial de 2022, contra o União, no dia 26 de janeiro, com a equipe que encerrou a primeira fase da Série D, vencendo o Próspera por 2 a 1, no fechamento da primeira fase.
Dos 11 titulares que disputaram o primeiro jogo oficial, pelo Paranaense, apenas cinco também estiveram em campo no sábado passado (16), contra o Próspera: o goleiro Douglas, lateral Libano, volante Gama, meia Robinho e o atacante Léo Itaperuna. Já entre todos os atletas relacionados para as duas partidas, a mudança é ainda maior. Dez jogadores que iniciaram a temporada e estiveram aptos para atuar contra o União não fazem mais parte do elenco aurinego.
Saíram os goleiros Heverton e Fabrício Torres, o zagueiro Lucas Oliveira, os meias Echeverría, Alex Nemetz e Willyan Sotto, e os atacantes Samuel, Carlos Henrique, Balotelli e Núbio Flávio, além de Jajá, que também se despediu da equipe. O atacante Carlos Henrique deverá estar novamente no Olímpico, mas desta vez defendendo a camisa da Gralha. O Paraná Clube contratou o atleta para o restante da temporada.
Por outro lado, chegaram novas caras que estão buscando dar mais qualidade ao elenco da Serpente. O goleiro André Luiz, que veio do Azuriz, rapidamente ganhou a confiança da comissão técnica e da torcida ao fazer boas defesas. Entre os reforços que estiveram relacionados na última partida estão os zagueiros Itallo e Jacy, o meia Tiago Luís, e os atacantes Douglas Neto, Felipe Micael e Cavani.
Outros jogadores que não participaram do último jogo também chegaram na metade da temporada, como por exemplo, os atacantes Lucas Coelho e Lucas Batatinha.
Novidade
E a “nova novidade” do Cascavel deve ser o atacante Victor Daniel, contratado junto ao Londrina. O jogador já está registrado e tem participado bem dos treinos. “Fazer a estreia em jogo decisivo sempre é motivador. Será um dia especial e espero corresponder às expectativas e, principalmente, ao torcedor”, disse o atacante.
O técnico Tcheco ressalta o equilíbrio entre os dois times e o pensamento em abrir vantagem.
“Temos que ter o equilíbrio em campo para poder ir para o jogo da volta com uma condição real
Histórico de equilíbrio
Cascavel e Paraná já se enfrentaram oito vezes na história e o retrospecto é de muito equilíbrio. São três vitórias para a Serpente, três vitórias para a Gralha, e dois empates. Todos os jogos foram disputados pelo Campeonato Paranaense. Até o número de gols entre os dois times é igual: oito para cada lado. Outra curiosidade é que em nenhuma dessas partidas o vencedor ganhou por mais de um gol de diferença.
Por outro lado, no recorte mais recente, o Cascavel leva vantagem. Nos últimos três jogos, nos Campeonatos Paranaenses de 2020, 2021 e 2022, o Aurinegro venceu o Paraná, sendo dois destes jogos em casa e um na Vila Capanema.
Gralha com problemas
Cheio de problemas administrativos, o Paraná Clube tenta se reerguer no cenário estadual e nacional. O técnico Omar Feitosa chegou a declarar que é a semana mais importante do time.
“Foi uma semana de ajustes, treinamentos. Buscamos ter foco e mentalizar o que precisamos fazer no jogo. Basicamente isso. Nós temos esse jogo, com 90 minutos fora do nosso ambiente. Muda um pouco a chave, gera mais ansiedade, mas, também, uma maior concentração nos treinos”, destacou o treinador.
