Cotidiano

Corregedoria Nacional do MP pede demissão de servidor que invadiu prédio do MP-RN

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A Corregedoria Nacional do Ministério Público instaurou processo administrativo disciplinar (PAD) pedindo a demissão do servidor do MP do Rio Grande do Norte Guilherme Wanderley Lopes da Silva, de 44 anos. Ele invadiu a sede do MP-RN na última sexta-feira e efetuou diversos disparos. Na ocasião, o Procurador Geral-Adjunto, Jovino Pereira da Costa Sobrinho e o promotor criminal Wendell Beetoven Ribeiro ficaram feridos. O processo foi instaurado pelo corregedor nacional do Ministério Público, Cláudio Portela.

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“As circunstâncias narradas indicam a prática das faltas disciplinares previstas nos incisos V, VI e VI do artigo 143 da Lei Complementar Estadual nº 122/1994, pelo técnico ministerial, sujeitando-o à sanção disciplinar de demissão”, diz a nota do Conselho Nacional do Ministério Público.

O corregedor ainda propôs que o servidor seja notificado pessoalmente da decisão da instauração do processo. De acordo com o Conselho Nacional, “o objetivo é possibilitar a apresentação de manifestações e a sustentação oral na próxima sessão ordinária do CNMP, marcada para o dia 24 de abril”.

Após a instauração do processo, o mesmo irá para a relatoria, para a citação do servidor e a condução do PAD, ficando estabelecido o prazo de 90 dias para a conclusão. Após esse período, pode ser que o Conselho não opte pela demissão de Guilherme.

Em plenário, o conselheiro Walter Agra classificou o ocorrido no MP-RN como algo “grave” e disse que o Poder Judiciário e os órgãos de controle precisam agir rapidamente para punir a conduta. “As instituições devem ser protegidas e respeitadas. Permitir ataques desse tipo beira as raias do terrorismo democrático”, disse.

Segundo relatos de testemunhas, Guilherme Wanderley, que é assessor ministerial, cumpriu normalmente suas funções na 1ª Vara Cível na manhã de sexta-feira. Porém, por volta das 11h, quando a promotora do local teria solicitado uma análise sobre documentos, o servidor teria dito que não poderia realizar o trabalho no momento porque teria um “compromisso”.

Ao sair da sala onde cumpria o expediente, Guilherme Wanderley seguiu até a Procuradoria-Geral de Justiça com documentos em mãos. Ele pediu a liberação para adentrar a sala onde estava Rinaldo Reis, mas foi informado de que ele estava em reunião e foi pedido que o servidor aguardasse um momento. Contudo, ele disse que se tratava de uma urgência e foi até o local onde ocorria a reunião.

No momento em que adentrou a sala, o servidor jogou os documentos na mesa em que estavam Rinaldo Reis, Wendell Beethoven e mais duas pessoas. Em seguida, sacou a arma e disse poucas palavras sobre vingança, atirando em seguida. No momento do crime, na sede do Ministério Público, que fica em Lagoa Nova, ocorria uma palestra no auditório e houve correria com medo do que o atirador poderia fazer.