RIO – A 1ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) negou nesta quarta-feira os pedidos de revogação da prisão preventiva de operadores no esquema do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). Com a decisão, continuam presos Wagner Jordão Garcia, acusado de ser coletor da ?taxa de oxigênio? (como chamavam a propina para o ex-secretário de Obras Hudson Braga, de 1% do faturamento de empresas) e Sérgio Castro de Oliveira, apontado como entregador de propina à família de Cabral.
O Ministério Público Federal (MPF) manifestou-se a favor de serem mantidas as prisões preventivas dos operadores. O julgamento do habeas corpus de Luiz Paulo Reis, apontado como o ?testa de ferro? de Hudson Braga, foi adiado.
Para sustentar a legalidade e a necessidade das prisões preventivas dos réus das Operações Calicute (Reis e Jordão) e Eficiência (Sérgio), o MPF ressaltou que as investigações revelaram a importância das atuações deles na organização criminosa, responsável por graves delitos de corrupção e lavagem de ativos, e sua libertação poderia comprometer a aplicação da lei penal, bem como no risco de fuga. Nesses casos, o MPF avaliou que a prisão domiciliar seria uma medida insuficiente para resguardar a ordem pública.