Cascavel – Pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina e de grupos de pesquisa de outras instituições, conseguiram identificar sete fármacos com potencial para servir como inibidores contra o vírus causador da Covid-19, em forma de spray ou comprimido. Os remédios são resultado de uma pesquisa iniciada em 2020, logo no início da doença no Brasil, por meio do edital Capes nº 11/2020, que injetou cerca de R$ 700 mil no projeto em forma de bolsas e para custeio de insumos.
A intenção é que os medicamentos se aliem às vacinas no combate à pandemia. Os bons resultados estão relacionados ao fato de a equipe ser multidisciplinar, reunindo 18 professores de diversos cursos. O projeto ainda conta com outros 10 bolsistas de Doutorado e de Pós-Doutorado, custeados com recursos do edital Capes.
De acordo com o professor Gerson Nakazato, um dos coordenadores do projeto, atualmente o trabalho está na segunda fase, ou seja, na análise dos antivirais in vitro. Ele explicou que a fase três deve ter início neste segundo semestre e prevê testes dos sete fármacos em um laboratório de contenção, um Laboratório de Biossegurança Nível-3, utilizando o vírus causador da Covid-19 e os testes serão feitos na USP.
A equipe identificou quatro fármacos sintéticos, cujos testes na bancada demonstraram eficácia contra a replicação do vírus. Estes compostos são considerados inibidores enzimáticos. Outros três podem ser considerados como “naturais” porque utilizam plantas conhecidas como catuaba e girassol. O terceiro utiliza um pigmento bacteriano.
Segundo a professora Ligia Galhardi, o que determina a ação dos fármacos é a ação deles sobre o vírus e, uma vez comprovada a eficácia, na fase três da pesquisa será possível desenvolver medicamentos potentes para o combate do coronavírus. Entre as possibilidades, está o uso em forma de spray nasal, que teria a indicação de eliminar o vírus e reduzir a transmissão.
“Outro formato possível é a produção de um antiviral de uso oral (comprimido) capaz de reduzir a carga de vírus e impedir a evolução da doença”, disse Ligia, que também é uma das coordenadoras do grupo. Nessa fase dos testes, os pesquisadores pretendem verificar a eficácia dos fármacos em cobaias.
Reforço pediátrico
O laboratório da Pfizer solicitou esta semana a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a liberação da dose reforço para as crianças de 5 a 11 anos de idade, da vacina ComiRNAty contra a Covid-19. Em dezembro do ano passado, a Anvisa aprovou a indicação do uso de duas doses do imunizante da Pfizer contra a Covid-19 para esta faixa etária. O imunizante passou a ser utilizado no Brasil para essa população em janeiro de 2022.
O FDA, agência regulatória americana, aprovou em 17 de maio de 2022 a aplicação de uma dose de reforço da vacina Pfizer-BioNTech de COVID-19 para crianças de 5 a 11 anos, no período de pelo menos 5 meses após a segunda dose.
A decisão ocorreu após dados do ensaio clínico da fase 2/3, apontarem que uma dose de reforço de 10ug da vacina promove uma resposta imune robusta com um perfil de segurança favorável, em um momento em que a Ômicron era a variante prevalente. Até o momento, 4.500 crianças de 5 a 11 anos de idade participaram deste ensaio clínico da vacina contra a Covid-19.
Cascavel abre vacinação da 4ª dose para pessoas com mais de 40 anos
A Secretaria Municipal de Saúde de Cascavel iniciou ontem (21) a vacinação da 4ª dose contra a Covid-19 para pessoas acima de 40 anos e que pode ser aplicada quatro meses após a terceira dose. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, em todas as unidades de saúde.
Segundo a secretaria, a vacinação pode iniciar porque eles receberam nota técnica da 10ª Regional de Saúde oficializando a ampliação do público-alvo de imunização contra o coronavírus. O município já tem doses disponíveis, mas receberá uma nova remessa para garantir que todos tenham o imunizante.
Em Cascavel, mais de 706 mil doses de vacinas já foram aplicadas, de acordo com o vacinômetro e para poder se imunizar, é importante ressaltar que as unidades básicas de saúde exigem o uso da máscara, uma vez que o item continua obrigatório nos espaços de saúde.