Cotidiano

Ex-chefe da CIA diz que Rússia interferiu descaradamente nas eleições

O ex-diretor da CIA discutiu o assunto com Alexander Bortnikov, chefe do serviço de segurança FSB da Rússia, quem disse que comunicaria as preocupações de Brennan ao presidente russo, Vladimir Putin.

"Deve ficar claro a todo o mundo que a Rússia interferiu descaradamente no processo eleitoral presidencial de 2016 e fizeram essas atividades apesar das nossas fortes queixas e advertências explícitas para que não o fizessem", afirmou.

Perante a Comissão de Inteligência da Câmara dos Deputados, em uma audiência pública para abordar a investigação russa, Brennan disse estar "preocupado pelo número de contatos que os russos tinham feito com pessoas americanas" nos meses anteriores às eleições.

"Eles tentaram subornar indivíduos", disse Brennan, que apontou que, ao abandonar o cargo, tinha sérias dúvidas sobre se os russos tinham sido capazes ou não de envolver membros da campanha de Trump em suas atividades.

Brennan negou ter provas diretas sobre o possível conluio da equipe do magnata com os russos, mas insistiu em que havia indícios suficientes "para continuar investigando" a respeito, informação que compartilhou com o FBI e a Agência de Segurança Nacional (NSA) para agir de forma apropriada.

As agências de inteligência americanas concluíram que a Rússia interferiu nas eleições, mas falta esclarecer se essas atividades foram realizadas de maneira coordenada com a equipe de campanha do magnata.

Trump demitiu há duas semanas o então diretor do FBI, James Comey, que liderava a investigação sobre o assunto, uma medida que foi interpretada como uma tentativa do presidente de frear as apurações. 

O ex-diretor da CIA John Brennan afirmou nesta terça-feira, 23, perante o Congresso dos Estados Unidos que deve ficar "claro" que a Rússia interferiu "descaradamente" nas eleições presidenciais de 2016, nas quais o republicano Donald Trump venceu a candidata democrata, Hillary Clinton.

Brennan, que foi diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) americana entre 2013 e janeiro, explicou que ele foi um dos primeiros funcionários dos EUA a advertir Moscou sobre suas atividades, e pediu que parasse de afetar as eleições.

O ex-diretor da CIA discutiu o assunto com Alexander Bortnikov, chefe do serviço de segurança FSB da Rússia, quem disse que comunicaria as preocupações de Brennan ao presidente russo, Vladimir Putin.

"Deve ficar claro a todo o mundo que a Rússia interferiu descaradamente no processo eleitoral presidencial de 2016 e fizeram essas atividades apesar das nossas fortes queixas e advertências explícitas para que não o fizessem", afirmou.

Perante a Comissão de Inteligência da Câmara dos Deputados, em uma audiência pública para abordar a investigação russa, Brennan disse estar "preocupado pelo número de contatos que os russos tinham feito com pessoas americanas" nos meses anteriores às eleições.

"Eles tentaram subornar indivíduos", disse Brennan, que apontou que, ao abandonar o cargo, tinha sérias dúvidas sobre se os russos tinham sido capazes ou não de envolver membros da campanha de Trump em suas atividades.

Brennan negou ter provas diretas sobre o possível conluio da equipe do magnata com os russos, mas insistiu em que havia indícios suficientes "para continuar investigando" a respeito, informação que compartilhou com o FBI e a Agência de Segurança Nacional (NSA) para agir de forma apropriada.

As agências de inteligência americanas concluíram que a Rússia interferiu nas eleições, mas falta esclarecer se essas atividades foram realizadas de maneira coordenada com a equipe de campanha do magnata.

Trump demitiu há duas semanas o então diretor do FBI, James Comey, que liderava a investigação sobre o assunto, uma medida que foi interpretada como uma tentativa do presidente de frear as apurações. 

Investigação

Ainda hoje, simultaneamente, o atual diretor nacional da Inteligência americana, Dan Coats, se recusou a fazer qualquer declaração sobre a suposta pressão exercida por Trump para obter ajuda para enterrar uma investigação sobre suas ligações com a Rússia.

Coats participou de uma audiência pública perante a Comissão das Forças Armadas do Senado, e quando perguntado sobre essas supostas pressões respondeu que não faria comentários.

De acordo com uma explosiva denúncia lançada na segunda-feira à noite pelo Washington Post, Trump pressionou pessoalmente Coats e Mike Rogers, atual diretor da NSA, para conter uma investigação conduzida pelo FBI.

Essa investigação também se concentra na interferência que a Rússia teria tido nas eleições presidenciais do ano passado e a possível colaboração do comitê de campanha de Trump. De acordo com o jornal, nem Coats nem Rogers responderam aos pedidos do presidente.

Coats explicou que preferia não fazer comentários sobre essa denúncia por conta da sua posição de principal assessor do presidente em assuntos de Inteligência.

"Por ser seu principal assessor em temas de Inteligência, passo bastante tempo com o presidente discutindo assuntos de Segurança. Sempre acreditei que, dada a natureza da minha posição e as informações que compartilhamos, não seria apropriado que eu fizesse comentários sobre isso", disse.