Foz do Iguaçu – O prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro encaminhou, ontem (3), à Câmara de Vereadores o projeto para contratação emergencial de uma nova empresa operar o sistema de transporte público do Município. A nova proposta prevê ônibus modernos, menor tempo de espera e uso da tecnologia para garantir maior qualidade para os usuários e sem alteração na tarifa.
Antes de encaminhar a proposta, o prefeito se reuniu com a Comissão de Transporte da Câmara. O início da operação deverá ocorrer, impreterivelmente, em 20 de fevereiro de 2022, quando finaliza o termo com a atual empresa, que foi extinto pelo prefeito em novembro. A empresa vencedora será contratada por um prazo máximo de doze meses até a realização de uma licitação definitiva. “Vamos substituir o atual serviço, que já há algum tempo vem prejudicando e muito principalmente o cidadão iguaçuense. Foz do Iguaçu escreve um novo capítulo na história do transporte público”, destacou Chico Brasileiro.
O presidente da Câmara Municipal, Ney Patrício, afirmou que a Prefeitura vai solucionar um gargalo da última década na cidade. “A população não aguenta mais esse serviço de baixa qualidade. Essa contratação emergencial renova a esperança dos usuários em um transporte público digno”, disse.
Novo Modelo
A remuneração da empresa ou do consórcio vencedor será feita por quilômetro rodado, seguindo valores de mercado utilizados em outros municípios, iniciando com uma média de 388 mil quilômetros/mês, e podendo atingir uma média de 500 mil quilômetros/mês no decorrer do contrato.
O prefeito Chico Brasileiro explicou aos vereadores que o compromisso é garantir um serviço de qualidade para os moradores e turistas e, claro, ao mesmo tempo, não agregar nenhum custo a mais para os cidadãos. Os ônibus devem ser do modelo “Padron”, com idade média de seis anos, equipados com GPS para controle, ar condicionado, Wi-Fi e entradas USB para carga de dispositivos móveis.
A população poderá consultar os horários e saber onde estão os ônibus por meio dos GPS instalados nos veículos. O uso da tecnologia vai permitir um redimensionamento das rotas, de acordo com a necessidade dos usuários. O Foztrans fará a fiscalização do serviço.
Trabalhadores
O secretário da Transparência e Governança, José Elias Castro Gomes, destacou a preocupação da Prefeitura com os trabalhadores do transporte coletivo. “Trabalhamos muito para atender o interesse dos trabalhadores, para que possam ter a correção do dissídio – que há mais de dois anos não é feita -, a partir da contratação desta nova empresa, bem como pagamento em dia das cestas básicas”, exemplificou. “Nesta nova contratação, existe um compromisso da Prefeitura com os funcionários, para que estes valores sejam considerados. Também será dada preferência à contratação dos trabalhadores que atuam atualmente no transporte”, complementou Gomes.
O andamento da operação do transporte coletivo será apresentado mensalmente à Câmara Municipal, juntamente com relatório da prestação dos serviços e valores, para dar transparência ao contrato.
Em Cascavel, Transitar aguarda autorização da Câmara Municipal
Paralelo a Foz do Iguaçu, o Município de Cascavel também trabalha encima dos novos contratos do transporte coletivo. Ainda em dezembro, a Câmara de Cascavel aprovou uma alteração na Lei Orgânica do Município que permitiu que a Prefeitura prorrogasse os atuais contratos até que os estudos da nova licitação ficarem prontos. De acordo com Simoni Soares, presidente da Transitar, autarquia responsável pela elaboração do novo projeto do transporte público de Cascavel, neste momento a equipe técnica trabalha na elaboração das minutas da concessão.
Segundo ela, para dar seguimento nos trabalhos da nova licitação, é necessário que a Câmara de Cascavel aprove o novo projeto de concessão. De acordo com Simoni, a expectativa é que tão logo retomadas as sessões legislativas na Câmara de Cascavel, a autorização da nova concessão seja protocolada. A expectativa da presidente da autarquia é que até o final do ano a licitação esteja finalizada. “A licitação em si tem um prazo e posterior a isso o início da operação tem outro prazo. Então para o início da operação são 180 dias. Então nós estimamos que até o final do ano a licitação esteja em andamento. Esse é o prazo estimado para que ela esteja funcionando.”