O Paraná está com a terceira maior taxa de transmissão de Covid-19 do Brasil, de acordo com a última atualização do monitoramento da plataforma Loft Science.
Na quinta-feira (20), a taxa estava em 1.83. O número aponta que cada 100 infectados contaminam outras 183 pessoas.
Quando o índice fica abaixo de 1, significa queda das transmissões, mas, acima disso, alerta para o aumento de casos.
O número apontado no Paraná fica atrás apenas de Amazonas, com 1.98, e Minas Gerais, com 1.91.
Essas taxas de transmissão da doença nos três estados estão mais elevadas, inclusive, do que a do Brasil, que está em 1.74.
Conforme o monitoramento, em 1º de janeiro deste ano o Paraná estava com taxa de transmissão de 0.87. No dia 5, já foi para 1.06.
O pico deste mês, foi nos dias 13 e 14 de janeiro, com 1.97 de taxa de transmissão da Covid-19 no estado.
Doença no Paraná
Desde o início da pandemia, o Paraná registrou 1.758.767 diagnósticos e 40.730 óbitos pela Covid, conforme boletim publicado na quinta-feira pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Na comparação com o boletim de quarta (19), foram contabilizados 13 novas mortes e 25.852 diagnósticos a mais da doença. Do total de novos diagnósticos, 22.096 são de janeiro.
Todas as 399 cidades do estado possuem pelo menos um caso confirmado de coronavírus e uma morte.
A taxa de recuperação da Covid no Paraná é de 87%. Já a taxa de letalidade está em 2%, segundo o relatório.
Paraná confirma mais 13 mortes por Covid e 25.852 casos — Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF
Aumento de testes na capital
Conforme dados da Prefeitura de Curitiba, desde o começo da pandemia foram registrados 330.134 casos confirmados e 7.837 mortes pelo novo coronavírus.
São 10.854 casos ativos na cidade, correspondentes ao número de pessoas com potencial de transmissão do vírus.
Na capital, a média de exames de Covid por dia está em seis mil – quase três vezes mais do que em outros períodos mais críticos.
Até o mês passado, quem fazia o teste PCR para a Covid levava de dois a três dias para receber o resultado. Agora, o prazo é, pelo menos, o dobro.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reconhece a demora e justifica que a lentidão se deve à alta demanda.
“Nós estamos com uma alta demanda de pessoas com sintomas procurando a testagem, seja na rede pública seja na rede privada. Essa demanda é tamanha que fez com que o processamento das amostras não acabe acompanhando com a rapidez que a gente precisaria para fazer uma melhor atuação nesse sentido”, disse Beatriz Nadas, secretária de saúde interina de Curitiba.
Parte das amostras coletadas nas unidades de saúde de Curitiba é analisada pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que o Lacen processa os resultados em média em 24h, podendo demorar até 48h, quando é necessário processar novamente a amostra.
Além disso, afirmou que o Lacen não apontou nenhum atraso em amostras enviadas por Curitiba que ultrapassem este período.
(G1 Paraná)