Cotidiano

Salões Comunitários: Obras de revitalização serão em três etapas

Apesar dos investimentos públicos, os salões comunitários são espaços compartilhados por toda comunidade que precisa participar da sua manutenção e conservação

Salões Comunitários: Obras de revitalização serão em três etapas

Cascavel – Estruturas bastante conhecidas e utilizadas pela comunidade, os salões comunitários de Cascavel estão passando por trabalhos de revitalização, numa iniciativa do Território Cidadão, por meio do Programa Comunidade em Ação. Na cidade, são 49 estruturas espalhadas pelos bairros, além de mais 11 unidades na área rural. De acordo com a Prefeitura de Cascavel, 11 salões já foram revitalizados e estão à disposição da comunidade.

O trabalho é realizado em parceria com a população através das Associações de Moradores. Alguns dos salões comunitários foram construídos há quase 40 anos, ainda na década de 80, e precisam de reformas completas. Segundo Walter Parcianello, gestor do Território Cidadão, o trabalho será realizado em três etapas. A primeira fase é a pintura dos salões e pequenas reformas, que já estão acontecendo. Na segunda etapa serão feitas melhorias nos banheiros, cozinhas e questões de acessibilidade. A terceira e última fase é a reforma das coberturas. Até o momento, o investimento nos 11 salões que receberam pinturas somou R$ 91 mil.

Walter contou que os locais onde as comunidades não puderam ajudar, as equipes realizaram os trabalhos de pintura externa, interna, corte de grama e limpeza. “O ideal seria que a população se envolvesse mais nesse projeto, pois o nosso objetivo é fazer com que eles se sintam participantes dos cuidados que estes prédios públicos precisam ter após a revitalização”, disse o gestor.

Conforme a Prefeitura, o projeto piloto teve início pelo salão comunitário do Parque São Paulo. Como os resultados foram positivos, a ação foi levada para os demais bairros da cidade, como conta a assessora de Planejamento do Território Cidadão e coordenadora do Programa Comunidade em Ação, Sandra Mara Ricardi. “Nossa intenção é fazer com que todos os líderes comunitários se sintam valorizados, prestigiados com este trabalho. Uma vez que todos os salões comunitários, independente de sua localização geográfica, estarão incluídos na programação do Programa e receberão benfeitorias”.

Sandra completou dizendo que “os salões não apresentarem condições de revitalização e exigirem uma intervenção maior, faremos um amplo estudo técnico para que administração municipal, se necessário, faça uma licitação para viabilizar as obras necessárias”.

A conclusão das três etapas em todos os 60 salões comunitários de Cascavel está prevista para 2023.

 

“PARTICIPAÇÃO DE TODOS

A reportagem do Jornal O Paraná entrou em contato com José Ternoski, presidente da Associação de Moradores do Bairro Floresta, para verificar como está a utilização do salão, quais as melhorias foram realizadas até o momento e as principais demandas para melhorar o espaço.

Segundo Ternoski, o salão do bairro não está ruim por conta do dinheiro da Associação de Moradores, que foi utilizado em diversas reformas. Entretanto, apesar do salão ter sido pintado ano passado, ainda há muito que fazer. “Na quadra precisa reformar a cobertura, porque tem muita goteira e pode causar algum acidente. As telas também estão precisando ser trocadas”, contou.

Outra questão apontada pelo presidente da associação é o fato de a associação estar desembolsando cerca de R$ 500 para que um trabalhador autônomo faça o corte da grama e limpeza do local. Ele pede mais participação da comunidade, pois o espaço está à disposição de todos.

Questionado sobre as necessidades do Bairro Floresta, Walter Parcianello comentou que a quadra de esportes não faz parte das etapas que serão realizadas pelo projeto. A orientação é para que a demanda seja repassada e discutida junto à Secretaria de Esportes, para viabilizar as reformas necessárias.

Vale destacar que alguns dos problemas estruturais encontrados pelas equipes do Território Cidadão são o resultado da ações de vândalos. Segundo o Gestor do Território Cidadão, o Município já chegou a desembolsar R$ 300 mil por mês com reposições de objetos danificados em salões, parques e outros locais públicos.

 

Redação: Paulo Eduardo