Cotidiano

Parque das Aves, em Foz do Iguaçu, reabre nessa sexta (12) após morte de 174 flamingos

Local estava fechado desde a terça-feira (9) por causa do ataque de duas onças-pintadas. Coordenadora diz que, apesar da tristeza, trabalho precisa continuar

Parque das Aves, em Foz do Iguaçu, reabre nessa sexta (12) após morte de 174 flamingos

O Parque das Aves, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, reabre nessa sexta-feira (12) a partir das 9h, após ficar fechado por três dias por causa da morte de 174 flamingos. O local tem cerca de 1,5 mil animais, de 150 espécies, a grande maioria nativa da Mata Atlântica.

Na terça-feira (9), duas onças pintadas mataram 174 dos 176 flamingos do parque durante a madrugada, segundo a administração. Os dois predadores (a mãe e o filhote) pularam a cerca e invadiram o recinto dos flamingos chilenos e africanos.

A coordenadora de comunicação do parque, Melissa Correa, conta que durante a semana receberam muitas mensagens de carinho por meio dos canais oficiais. Ela acrescenta que, apesar da tristeza, o trabalho precisa continuar.

“Estamos muito tristes, nos apoiando, mas precisamos seguir com as atividades porque todas as outras aves também dependem do trabalho da equipe”, afirma.

Luto

 

Parque reabriu com mensagem de luto  — Foto: Franciele Lopes/RPC

Parque reabriu com mensagem de luto — Foto: Franciele Lopes/RPC

Para marcar o luto pela morte dos flamingos, a administração do parque colocou uma placa em frente à entrada. Além disso, o recinto dos flamingos no parque estará vazio.

O local era o cartão de visita do parque, que fica logo na entrada. A direção ainda decidirá o que será feito com o recinto.

Segundo a administração, os três dias fechados foram de luto e para acolhimento dos colaboradores que ficaram fragilizados pelo ocorrido. O ataque é considerado uma cicatriz na história do parque.

“O parque fez proposta para adiantar minhas férias ou ficar afastado alguns dias, mas eu prefiro estar com a equipe. Vamos vencer isso juntos”, comenta o tratador de animais do Parque das Aves, Mario Diba.

 

A direção explica que as medidas de segurança para evitar ataques tinham sido tomadas, mas animais silvestres podem ter hábitos não previsíveis. O ataque foi o primeiro em mais de 27 anos de existência do parque.

Espelhos instalados no recinto dos ninhos fazem com que os flamingos pensem que existam mais da mesma espécie; técnica auxilia na reprodução — Foto: Parque das Aves/Divulgação

Espelhos instalados no recinto dos ninhos fazem com que os flamingos pensem que existam mais da mesma espécie; técnica auxilia na reprodução — Foto: Parque das Aves/Divulgação

A chegada dos primeiros flamingos ocorreu em 1995, oriundos da África do Sul e Botswana. Eram 16 flamingos africanos resgatados de uma salina e que deram início à colônia que viveu no parque durante mais de duas décadas.

Parque das Aves - Foz do Iguaçu — Foto: Divulgação/Parque das Aves

Parque das Aves – Foz do Iguaçu — Foto: Divulgação/Parque das Aves

Atrativos

 

O passeio do Parque das Aves pode ser feito no mesmo dia que o passeio às Cataratas do Iguaçu. Isso porque a trilha do parque pode ser visitada com um tempo total entre 1h30 e 3 horas, embora os visitantes possam permanecer no local o dia todo.

A trilha segue em meio à Mata Atlântica, por calçadas planas, oferecendo conforto a pessoas de todas as idades, facilitando o uso de carrinhos de bebê e cadeiras de rodas. Ao longo do passeio, existem muitos bancos e sombras disponíveis para descanso, e banheiros equipados com fraldários.

Incluso no ingresso do Parque das Aves, que custa R$ 60 por pessoa (crianças até 8 anos não pagam), o visitante tem acesso às trilhas do parque e aos cinco viveiros de imersão, onde pode conhecer aves como jacutingas, tucanos e araras bem de perto.

Parque das Aves - Foz do Iguaçu — Foto: Divulgação/Parque das Aves

Parque das Aves – Foz do Iguaçu — Foto: Divulgação/Parque das Aves

Uma novidade é o novo Viveiro Cecropia, com quase 300 periquitos e 20 tucanos, a maioria resgatada de tráfico e maus-tratos. Lá é possível alimentar periquitos, por um adicional de R$ 10 por pessoa.

Ao longo do percurso, o visitante também encontrará harpias, corujas, papagaios e inclusive animais de outras espécies, como répteis e borboletas.

(G1 PARANÁ)