Cotidiano

Intoxicação evitável

Francisco Grzesiuk, da Areac (Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos de Cascavel) esteve na Câmara ontem para explanar sobre a utilização e recomendação de agrotóxicos, com os métodos para aplicação correta.

O agrônomo foi convidado pelo vereador Mauro Seibert (PP) através do Requerimento 407/2017. “Por tratar-se de assunto de grande interesse público e relevância social e econômica, pedimos que a Areac nos ajudasse a entender melhor as condições de segurança necessárias para evitar contaminações e doenças crônicas”, explica Mauro.

Intoxicações

Na apresentação, Grzesiuk esclareceu como ocorrem as intoxicações, quem são os intoxicados que aparecem nas estatísticas e quais são os grupos mais atingidos: trabalhadores e circundantes. “O principal fator de intoxicação é pela derme, cerca de 95% dos casos”, afirma.

O agrônomo acredita que todos estes casos poderiam ter sido evitados com o uso de EPI (equipamento de proteção individual), utilizados, no entanto, por apenas cerca de 15% dos agricultores.

No mês passado, a médica Lilimar Mori apresentou aos vereadores um mapeamento de casos de contaminações por agrotóxicos na área de abrangência da 10ª Regional de Saúde.

Consumo

Segundo dados da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), a região de Cascavel é que mais consome agrotóxicos no Paraná. Levantamento feito entre os anos de 2014 e 2015 apontou que o município consumiu 5.107,46 toneladas no período, seguido da região de Ponta Grossa com 3.526,73 toneladas e de Toledo com 3.336,95 toneladas. Enquanto a média de intoxicações no Paraná é de sete pessoas por 100 mil habitantes, na área da bacia do Paraná 2 – que representa o Oeste do Paraná – o índice chega a 53,5 por 100 mil.