Mais de 26 mil pessoas refugiadas foram reconhecidas no Brasil em 2020. Os dado fazem parte dos relatórios “Refúgio em Números – 6ª Edição” e “Dados Consolidados da Imigração no Brasil 2020”, divulgados nessa terça-feira (22) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com o Observatório das Migrações Internacionais (Obmigra). O levantamento também mostrou que dos 60 mil refugiados e imigrantes no país, cerca de 24 mil foram inseridos no mercado de trabalho no ano passado.
Em relação aos Estados, 77% de todas as vagas ocupadas por trabalhadores imigrantes no País concentraram-se em Santa Catarina (10,3 mil), São Paulo (8,3 mil), Paraná (5,7 mil) e Rio Grande do Sul (4,6 mil). Os dados oficiais demonstram que os impactos estruturais gerados pela crise sanitária afetaram as configurações da mobilidade humana pelo mundo. Nesse contexto, a atuação da administração pública mostrou-se decisiva para a gestão migratória, em especial para a manutenção de atividades essenciais ao País, como autorizações relativas ao transporte de cargas, à assistência técnica em território nacional e à pesquisa científica.
O OBMigra é resultado de parceria firmada entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus) e a Polícia Federal (PF), Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministério da Economia (ME), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Universidade de Brasília (UnB) para fortalecimento de ações de compartilhamento de dados e informações estatísticas sobre migrações internacionais e refúgio no Brasil. Essa cooperação visa apoiar a formulação e execução de políticas públicas, apontando estratégias para o desenvolvimento social e econômico.