Cotidiano

Pesquisa revela que metade dos curitibanos tem HPV

Curitiba – Dentre as 26 capitais brasileiras e o Distrito Federal, Curitiba é a quinta cidade com menor prevalência do HPV (Human Papiloma Virus), que atinge a pele e as mucosas, podendo causar verrugas ou lesões precursoras de câncer. Isso, contudo, não significa que a situação da capital paranaense seja positiva. Estima-se que 48% da população tenha o papiloma vírus humano.

Os dados preliminares fazem parte de um estudo do Ministério da Saúde dentro do projeto POP-Brasil-Estudo Epidemiológico sobre a Prevalência Nacional de Infecção pelo HPV. Do total de pessoas que participaram do estudo (7.586 entrevistas), 2.669 foram analisadas para tipagem de HPV. Das pessoas testadas, a prevalência estimada de HPV foi de 54,6%, sendo que 38,4% apresentaram HPV de alto risco para o desenvolvimento de câncer.

O vírus, que é sexualmente transmissível, pode causar câncer em homens e em mulheres. As doenças mais graves derivadas do HPV são mais recorrentes no sexo feminino: o vírus é responsável por 80% dos casos de câncer de colo de útero, além de provocar verrugas na vagina e sintomas desagradáveis, como prurido, coceira e corrimento.

Nos homens, a incidência de câncer devido ao HPV é muito baixa, mas há ocorrências de câncer de pênis e anal, além da formação de verrugas genitais.

Neste ano, o governo do Paraná ampliou a campanha de vacinação contra o HPV – a vacina é a forma mais eficaz de prevenção do câncer de colo de útero nas mulheres e dos cânceres de garganta, pênis e ânus nos homens. O público-alvo da campanha de vacinação são meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Contudo, até outubro havia 40% de adesão na primeira dose. Com as duas doses, a vacina tem uma eficácia de 98%, entretanto, o retorno à unidade de saúde para a segunda dose é ainda menor, com apenas 20% de adesão.