Depois se ser o responsável pela transmissão do zika vírus no verão passado, desencadeando vários casos de microcefalia, o Aedes aegypti volta a trazer preocupação com a transmissão da febre amarela.
A doença na versão silvestre é transmitida por meio da picada de mosquistos Haemagogus e Sabeths, que vivem em matas e vegetações à beira de rios.
Quando o mosquito pica um macaco doente torna-se capaz de transmitir o vírus a outros macacos e ao homem. Nas cidades o risco ocorre por conta da infestação do Aedes aegypti que tem potencial transmissor.
O período de dezembro a maio coloca em alerta epidemiológico os serviços de saúde para a intensificação da vigilância da febre amarela.
No primeiro semestre deste ano foram notificados 3.240 casos humanos de febre amarela silvestre em nove estados do País e 130 municípios. Essa é considerada a maior epidemia no Brasil.
De dezembro de 2016 a julho deste ano houve 261 mortes em decorrência da doença, dessas, 152 no estado de Minas Gerais, 83 no Espírito Santo e dez em São Paulo.
Diante da proximidade do período de sazonalidade da doença, o objetivo é impedir a transmissão urbana e também detectar oportunamente a circulação viral para orientar as medidas de controle.
A Atenção Primária à Saúde devido à importância como porta de entrada ao SUS (Sistema Único de Saúde) tem como missão realizar visitas domiciliares e orientar a população da vacinação contra a febre amarela dentro da faixa etária recomendada, principalmente nos grupos com maior risco de exposição (área rural, silvestre, agricultores, extrativistas e outros que adentram áreas de mata ou que fazem turismo ecológico e atividades de pesca).
* Quem deve tomar a vacina:
– Crianças a partir de nove meses e adultos até 59 anos que residem ou viajam para áreas com recomendação da vacina;
– Viajantes/turistas;
*Quem deve tomar a vacina, com restrições
Restrições
– Pessoas acima de 60 anos deverão ser vacinadas caso morem ou se desloquem para áreas com transmissão ativa de febre amarela e que não tiveram alguma contra-indicação para receber a imuninação;
– Gestantes (em qualquer período gestacional) e mulheres amamentando só deverão ser vacinadas se morarem em local próximo onde ocorreu a circulação do vírus e que não tiverem contra-indicação;
– Mulheres amamentando devem suspender o aleitamento materno por dez dias após a vacinação e procurar um serviço de saúde para orientação e acompanhamento a fim de manter a produção de leite materno e garantir o retorno à lactação;
– Pessoas vivendo com HIV/Aids desde que não apresentem imunodeficiência grave;
Sintomas:
De três a seis dias após ter sido infectada pelo vírus, a pessoa apresenta os seguintes sintomas iniciais: começo súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas e no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.
Em casos graves a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos) hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.