Saúde

Pazuello reduz novamente previsão de vacinas para março: "22 a 25 milhões"

Segundo o general, a expectativa está entre 22 milhões e 25 milhões de doses, e não mais 28 milhões, como anunciado por ele mesmo

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello - Foto: Marcelo Camargo Agência Brasil
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello - Foto: Marcelo Camargo Agência Brasil

Brasília – O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, reduziu, novamente, a previsão de vacinas contra covid-19 que serão distribuídas no mês de março. Segundo o general, a expectativa está entre 22 milhões e 25 milhões de doses, e não mais 28 milhões, como anunciado por ele mesmo na última segunda-feira (8).

Durante cerimônia de sanção da MP (Medida Provisória) que permite a compra de vacinas por empresas privadas, estados e municípios, Pazuello minimizou a queda de doses previstas, afirmando ser não uma redução, mas “uma garantia com possibilidade de ir além”.

“Nós temos garantidas para março entre 22 e 25 milhões de doses, podendo chegar até 38 milhões de doses. São números realmente impactantes e que vão fazer a diferença na nossa campanha de vacinação.”

Ele justificou o porquê da diminuição de doses previstas, alegando dificuldades com laboratórios internacionais: “Não é simples, como é receber do Butantan ou da Fiocruz”, afirmou.

Essa é a quinta vez que o ministério reduz a previsão de vacinas para o mês de março. A estimativa inicial era de 46 milhões de doses, caiu para 38 milhões, depois para 37 milhões, no último sábado (6) o ministério cortou a previsão para 30 milhões de doses, depois 28 milhões citadas na segunda e, agora, “22 a 25 milhões”.

Bolsonaro prevê mais de 400 milhões de doses

Pressionado pelo avanço da pandemia de covid-19, o presidente Jair Bolsonaro prometeu ontem mais de 400 milhões de doses para imunizar a população brasileira até o fim deste ano.

De acordo com números apresentados pelo chefe do Executivo em cerimônia no Palácio do Planalto, o Brasil adquiriu mais de 270 milhões de doses com entregas previstas no primeiro semestre. Até o momento, o governo federal distribuiu 17 milhões de imunizantes e vacinou mais de 10 milhões de pessoas, conforme os dados citados por Bolsonaro. Ele ressaltou que o público atingido é maior do que a população de Israel.

O presidente defendeu a produção nacional de uma vacina contra a covid-19 para distribuição de doses na América do Sul. “Nós só podemos ter, não digo a certeza da erradicação, porque isso é muito difícil, mas a da dificuldade de que novas pessoas sejam infectadas, se nossos vizinhos também tiverem sido vacinados.”

Pedindo confiança no governo federal, Bolsonaro afirmou que a administração foi “incansável” desde o início da pandemia na luta contra a covid-19. Ele orientou a população a procurar uma unidade de saúde na apresentação dos primeiros sintomas, como febre e falta de paladar. Além disso, citou a possibilidade de os vacinados voltarem a contrair a doença no futuro e defendeu a solução por medicamentos, apesar de nenhum remédio ter eficácia comprovada contra a doença.