Saúde

Governadores tentam firmar pacto nacional, Bolsonaro recusa

O presidente Jair Bolsonaro descartou a possibilidade de aderir ao pacto e disse que não vai decretar lockdown no País

Governadores tentam firmar pacto nacional, Bolsonaro recusa

Rio de Janeiro – Governadores se reuniram nessa segunda-feira (8) com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro, para tentar firmar um pacto nacional para combater o pior momento da pandemia de covid-19 que assola todo o País.

O grupo é composto por 22 chefes de Executivos estaduais, inclusive do Paraná. Ele defende que o pacto tenha a participação do Congresso e do governo federal para a adoção de políticas conjuntas contra o coronavírus, dentre as quais, medidas restritivas à circulação de pessoas.

Contudo, o presidente Jair Bolsonaro descartou a possibilidade de aderir ao pacto e disse que não vai decretar lockdown no País.

Com taxas de ocupação de UTI acima de 90% há semanas, os governadores pedem restrições para a abertura do comércio e a circulação de pessoas, além da maior agilidade no Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19 para tentar reduzir as infecções.

Segundo o governador Wellington Dias, do Piauí, representante do Fórum dos Governadores, a transmissibilidade do vírus precisa ser cortada nacionalmente e o ideal é seguir os modelos aplicados em outros países, com o poder central encabeçando as ações. “Os Estados Unidos não faziam [medidas restritivas nacionais] na época do Trump, mas estão fazendo agora com o Joe Biden”, disse Dias.

Apenas os governadores do Acre, do Mato Grosso do Sul, de Rondônia, de Roraima e do Tocantins não aderiram ao pacto até agora.

O líder do Fórum dos governadores defendeu que as medidas restritivas defendidas pelo grupo são um “pacto pela vida”. “Não adianta o meu estado fazer e o outro não. Isso é o que eu chamo de enxugar gelo. Ou seja, a transmissibilidade tem que ser cortada nacionalmente”, complementou.