Um meio de transporte leve, fácil de ser comercializado e difícil de ser recuperado, caso furtado. As bicicletas estão, cada vez mais, à vista dos bandidos. Tanto que, de acordo com a Polícia Civil, são em média 5 registros por mês. A maioria delas é recuperada, mas daquilo que é comunicado à polícia.
A ciclista Valdirene Mendonça teve a bicicleta furtada este mês. O veículo foi deixado no estacionamento do local onde ela trabalha, em que poucas pessoas tem acesso. “Cheguei de manhã para trabalhar e quando sai para pegá-la não estava mais lá”, lamenta.
Valdirene usava a bicicleta para o dia a dia no trabalho, mas também para passeios e competições de ciclismo. A vítima registrou boletim de ocorrência do caso e contou com o apoio dos colegas, que divulgaram a foto do veículo em redes sociais. “O agravante é que onde eu trabalho não há câmeras”, conta.
A preferência dos ladrões é mesmo por bikes caras, usadas por ciclistas e que valem desde R$ 2 mil até R$ 40 mil. O “olho” do criminoso brilha mais ainda se a bicicleta estiver em local aberto: na área de casa, ou no local de trabalho, ou locais públicos e de fácil acesso, com um agravante: sem cadeado. Elas são furtadas e vendidas, normalmente, bem abaixo do preço praticado. Têm fácil comercialização e costuma ser “peça de troca” dos bandidos.
Boletim de Ocorrência
De acordo com a Polícia Civil, em caso de furto, é imprescindível fazer um boletim de ocorrência. “Propriedade é pela tradição. Isso é, quem está na posse é o dono, se ninguém reclamar”, explica o escrivão Reinaldo Bernardini.
Após o registro do boletim, é preciso torcer. E ter a documentação necessária se a polícia recuperar o bem. “Nota fiscal, recibo de compra, fotos com a bicicleta e testemunhas. Para retirar na delegacia, precisa de um meio de prova”, comenta.
Registrada
Além da nota fiscal da bicicleta, outra opção para deixar o veículo seguro é o Bike Registrada. Trata-se de uma empresa que tem um banco de dados de cadastro. Esse cadastro da pessoa e da bike é feito e a bicicleta ganha um selo, que não é rastreador. Porém, por meio de um aplicativo no celular, é possível fazer a consulta pelo selo da bicicleta ou pelo número de série. Com isso é possível saber quem é o dono e se o veículo tem queixa de furto. Na hora da consulta, chega uma mensagem para o dono da bicicleta via mensagem de texto, com o mapa exato do local que foi feita a consulta. Caso a polícia ou alguém encontre a bicicleta, pode consultar por meio do aplicativo para saber se ela está em dia.