As despesas comuns de início de ano, como pagamento de impostos e compra de materiais escolares, no caso de grande parte das famílias, se somam com outros compromissos que trazem impacto ao bolso da população diante dos reajustes.
Terezinha Correa Alves avalia a realidade enfrentada pela maioria dos brasileiros e comenta que é preciso muito esforço para manter as contas em dia. “Está cada vez mais difícil, com tantos impostos e principalmente pelo aumento nas contas do nosso dia a dia. Toda família tem gastos com água, luz e hoje o salário é praticamente para pagar contas”, comenta.
A dona de casa Clarinha Inês Marca diz que infelizmente não há como ficar livre de algumas despesas, mas compartilha o modo que decidiu administrar a vida. “Só gasto dentro das minhas condições financeiras para não perder o controle. Não quero ser pessimista, mas a situação ainda é difícil e tento poupar no que é possível”.
Gasolina nas alturas
O destaque fica por conta do combustível, que somente em um ano sofreu aumento de 12% em Cascavel. Em janeiro de 2017 o preço médio do litro da gasolina na cidade era de R$ 3,99 e já no mesmo período deste ano saltou para R$ 4,32. Os dados fazem parte de pesquisa da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Gás mais caro
Indispensável para o dia a dia da população, o gás de cozinha segue como vilão. Segundo levantamento da ANP, o botijão de 13 quilos era vendido ao preço médio de R$ 79,33 no mês de novembro de 2017, já no começo deste ano passou a custar, em média, R$ 81,61.
Bandeira vermelha
Desde abril de 2015, as contas de energia passaram a ser definidas conforme o Sistema de Bandeiras Tarifárias, que apresenta as seguintes modalidades: verde, amarela e vermelha, e indica se haverá ou não acréscimo no valor da energia a ser repassada ao consumidor final.
Do início da novidade até o mês de fevereiro de 2016, a bandeira se manteve na cor vermelha, o que pressupõe maior tarifa. Já no ano passado, essa cor foi sinalizada nos meses de abril, maio, agosto e outubro. No acumulado de 2017, segundo a Copel, o reajuste médio na tarifa de energia foi de 5,85%.
Reajuste na água
A tarifa de água também ficou mais cara para os consumidores ao se considerar o índice de 8,53% definido pela Agepar (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná. Segundo a Sanepar, entretanto, o percentual não se trata de reajuste. “O que teve foi a primeira Revisão Tarifária Periódica dos Serviços Públicos de Saneamento Básico, que passou a valer a partir de junho de 2017”, afirma a companhia.