O início do ano tem como exigência aos contribuintes uma série de tributos que, se não planejados com antecedência, podem comprometer o orçamento. Entre os mais tradicionais está o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores), que deve arrecadar ao estado do Paraná em torno de R$ 3,2 bilhões neste ano, 3,5% a mais do que em 2017. Na lista entram ainda alguns vilões como os combustíveis. A gasolina, por exemplo, já bateu os R$ 4,39 por litro em Cascavel e subiu 12% em um ano.
Mas não para por aí. Desde aquele pãozinho que você compra na panificadora logo cedo para o café da manhã até produtos e bens de maior valor, como a casa ou o carro dos sonhos. Em qualquer transação financeira ele está lá. E a soma somente do mês de janeiro deste ano sobre os impostos pagos pelos cascavelenses já está bem salgada.
Conforme a ferramenta virtual Impostômetro, disponibilizada pela Associação Comercial de São Paulo, a arrecadação de impostos em Cascavel de 1º a 31 de janeiro foi, até às 16h de ontem, de R$ 30.160.405,24. Até o último dia do ano, em 31 de dezembro, a estimativa é de que sejam pagos mais de R$ 302 milhões.
O consultor de vendas Leudir Nadal, considera este cenário insustentável. “O cidadão não aguenta mais pagar tanto imposto. Por estar embutido em praticamente tudo, a situação fica quase insustentável”, lamenta. Nadal lembra que o pagamento de impostos e tributos à União, estados e municípios precisa estar atrelado a melhorias à população, o que segundo ele, está bem aquém do esperado. “A gente paga tudo isso e não tem o retorno que deveria”, acrescenta.
Os mais de R$ 30,1 milhões foram vistos como um exagero pelo vendedor Ivo Moreira. “É muito imposto. É algo exagerado”.
Fique atento!
A finalidade do impostômetro é conscientizar a sociedade do valor financeiro da carga tributária anual, chamando a atenção para a precária contrapartida dos serviços públicos oferecidos à população. No ranking do Irbes (Índice de Retorno e Bem-estar Social), que elenca os 30 países com a maior carga tributária, o Brasil é o último da lista quando o assunto é o retorno desses pagamentos ao bem comum. No topo está a Austrália, seguida pela Coréia do Sul, Estados Unidos, Suíça e Irlanda. Em janeiro, em todo o Brasil foram arrecadados R$ 238 bilhões em impostos.
Para acompanhar os dados com atualizações em tempo real basta acessar www.impostometro.com.br.