Saúde

Não há risco de faltar oxigênio no Paraná

A situação dramática enfrentada por pacientes hospitalizados com covid-19 e que dependem de oxigenação em Manaus não deve se repetir no Paraná

Não há risco de faltar oxigênio no Paraná

Curitiba – A situação dramática enfrentada por pacientes hospitalizados com covid-19 e que dependem de oxigenação em Manaus não deve se repetir no Paraná, acredita Flaviano Ventorim, presidente do Sindipar (Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Paraná) e da Femipa (Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná).

Segundo ele, o problema de Manaus é que há apenas um fabricante de oxigênio em todo o território amazonense. Já o sistema de saúde do Paraná é abastecido por diversas indústrias instaladas no Estado, além de poder contar com fornecedores dos estados vizinhos em razão da proximidade geográfica.

Contudo, ele não soube precisar o volume do insumo utilizado no Estado ou o aumento que houve desde o início da pandemia, uma vez que esses dados não são disponibilizados por todas as instituições. “No momento, a situação do abastecimento é tranquila. Não há qualquer sinalização de que possa faltar oxigênio no Estado. Nenhuma instituição relatou isso”, assegura.

O Sindipar representa aproximadamente 9 mil prestadores de serviço em todo o Paraná, de hospitais a clínicas e consultórios. Já os hospitais afiliados à Femipa são responsáveis por mais de 50% dos atendimentos ao SUS (Sistema Único de Saúde) no Paraná e chegam a atender 70% da demanda em procedimentos de alta complexidade.

Na capital amazonense, a situação se tornou crítica nos últimos dias após um recorde de internações em razão de infecções pelo novo coronavírus. “Acabou o oxigênio e os hospitais viraram câmaras de asfixia. Os pacientes que conseguirem sobreviver, além de tudo, devem ficar com sequelas cerebrais permanentes”, disse o pesquisador Jesem Orellana, da Fiocruz-Amazônia.

Pacientes estão sendo transferidos para outras regiões para poderem ser atendidos. O Paraná se disponibilizou a receber enfermos de Manaus.

Nessa sexta-feira (15), o estado amazonense começou a receber oxigênio de outras regiões. A Venezuela também anunciou que enviará material para o Estado.