Toledo – “Temos trabalhado não digo com escassez, mas não com a sobra de recursos que gostaríamos”. A declaração do vice-prefeito Tita Furlan em audiência na Câmara de Toledo revela a situação das contas municipais.
Representando o prefeito Lucio de Marchi, o vice relatou aos vereadores que as receitas cresceram 11% no ano de 2017 e a despesa com pessoal cresceu 8,42%. O vice-prefeito disse aos vereadores que a despesa com pessoal está em 52,2% das receitas e espera que em breve seja trazida para baixo do limite prudencial, de 51,3%.
A audiência conduzida pela CFO (Comissão de Finanças e Orçamento) apontou que a saúde recebeu 28% das receitas e a educação, 25,9%. A audiência reuniu o presidente da CFO, Leoclides Bisognin; o vice-presidente Walmor Lodi; o secretário Albino Corazza e os membros Airton Savello e Janice Salvador. Também acompanharam a audiência os vereadores Gabriel Baierle, Vagner Delabio, Valtencir Careca, Antônio Zóio, Olinda Fiorentin, Leandro Moura e Marcos Zanetti.
O vice-prefeito disse aos vereadores que, embora tenha sido divulgado que a despesa com pessoal estava em 53,45% no início da gestão, o índice na verdade estava em 53,9%. Por causa disso, a prefeitura está proibida de pagar adicional aos servidores e a fazer novas contratações.
Tita contou que repasses como o FPM tiveram queda e a projeção de receitas, de quase R$ 54 milhões, ficou em menos de R$ 52 milhões.
O vereador Albino Corazza defendeu a busca de alternativas para reduzir a despesa com pessoal, afirmando que a própria Lei Orgânica contém meios para isso.
Segundo o vice-prefeito, não há secretaria onde sobrem servidores. Quanto à economia, avaliou que não vê caminho que não seja de crescimento do Brasil, com o consequente aumento das receitas.