Economia

Ponte X estiagem: Sindicato teme impacto nas exportações na fronteira com o Paraguai

Ponte X estiagem: Sindicato teme impacto nas exportações na fronteira com o Paraguai

Foz do Iguaçu – Com a proximidade do fim do ano, época em que há maior movimento de compristas e turistas na Ponte da Amizade, o Sindifoz (Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Foz do Iguaçu e Região) teme que essa movimentação aliada a um aumento de demanda causada pelo baixo nível do Rio Paraná pode impactar no fluxo de exportação de produtos ao país vizinho. “Boa parte das importações do Paraguai é feita por meio da água, mas, devido ao baixo nível dos Rios Paraná e Paraguai [causada pela estiagem severa que vem sendo registrada na Região Sul], não podendo buscar em outros países, virá buscar no Brasil e em países vizinhos e, com isso, vai aumentar a demanda. Ainda com o aumento da movimentação na ponte nesta época, acreditamos que possa afetar o transporte, somente das exportações, uma vez que as importações ocorrem na operação noturna”, explica o presidente do Sindifoz, Celso Antonio Gallegario.

De acordo com Gallegario, o ideal seria o Paraguai também realizar a operação noturna e habilitar uma aduana maior na recepção dos veículos brasileiros. “A consequência dessa situação seria a demora no envio de produtos industrializados no Brasil com destino ao Paraguai. Prejuízo para os motoristas que ficam mais tempo na fila esperando para entregar as cargas”, afirma.

 

Problema recorrente

Desde o início da pandemia, os caminhoneiros que cruzam a fronteira enfrentam dificuldades devido a complicações e demora do processo de logística do Paraguai. Motoristas ficam por dias na fila e sem estrutura de segurança. Logo após a reabertura da Ponte da Amizade, dia 15 de outubro, a demora no recebimento de cargas e na liberação dos caminhões do lado paraguaio fez com que o Porto Seco do lado brasileiro colapsasse por vários dias.

Gallegario afirma que, nas últimas semanas, a situação apresentou melhora, mas que, com o cenário que se aproxima, a preocupação é de que as exportações sofram novamente com a demora causada pelos fatores citados.

Autoridades do setor de transportes buscaram o auxílio do Ministério dos Transportes para resolver a situação e aguardam resposta.