Marechal Cândido Rondon – As contas do Sindicato dos Servidores de Marechal Cândido Rondon e do prefeito Márcio Rauber (DEM) não fecham. O reajuste salarial aprovado nesta semana na Câmara de Vereadores ficou muito longe de agradar os servidores municipais. Sem acordo com o Executivo e nada de alteração no Legislativo, os trabalhadores terão 2,06% de reajuste, muito aquém do solicitado, que beirada os 13%, mas que considerava 4% possível dentro dos cálculos da entidade representativa.
A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece o teto de 54% da Receita Corrente Líquida para os gastos com pessoal. O Tribunal de Contas fiscaliza atentamente esses balizadores.
O presidente do Sindicato dos Servidores, Fernando Hubner, destaca que a negociação foi difícil e que não produziu o acordo esperado. “O cenário que observamos oferecia uma valorização possível e sustentável para os servidores, mas não teve vontade política para que a construção dessa realidade”, comenta.
O dirigente sindical esclarece que o único avanço considerável foi no auxílio-alimentação com um acréscimo de 35,1%. “Conseguimos acordar esse valor para que pelo menos esse recurso possa dar ao servidor um pouco mais de qualidade de vida”, explica o presidente.
Muito perto de atingir o limite prudencial recomendado pelo Tribunal de Contas, Marechal Cândido Rondon pisa no freio assim como outras cidades da Região, incluindo Cascavel e Toledo, para que o índice de gasto com folha de pagamento não se transforme em um pesadelo.