Curitiba – A governadora Cida Borguetti disse ontem a empresários reunidos na Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), em Curitiba, que pretende fazer uma gestão desenvolvimentista, voltada para a participação ativa do setor produtivo e da sociedade.
“Nosso grande compromisso é criar uma política desenvolvimentista, com foco nas pessoas e na promoção do bem comum. Por isso precisamos construir pontes com a sociedade e o setor produtivo”, afirmou ela na reunião de diretoria da Fiep, realizada na sede da entidade no Jardim Botânico.
Cida disse que é possível avançar em várias áreas importantes como infraestrutura, logística, meio ambiente, educação e inovação. “Estamos aqui com parte significativa do PIB do Paraná e é muito importante ampliar o diálogo e escutar as demandas e contribuições da indústria para trabalharmos juntos em prol da melhoria de vida da população paranaense” completou.
Para o presidente da Fiep, Edson Campagnolo, o diálogo é ainda mais importante em um momento de retomada do setor industrial depois da crise econômica. “Estamos em um processo de construção coletiva entre poder público e iniciativa privada”, disse, ressaltando que a principal demanda da indústria do Paraná está na área de logística e infraestrutura.
Visão de futuro
Secretário do Desenvolvimento Urbano e chefe interino da Casa Civil, Silvio Barros, destacou a necessidade de inovação. Ele disse aos empresários que o governo do Estado está disposto a discutir e acompanhar a revolução que o setor produtivo vai passar nos próximos anos. “Precisamos trabalhar com uma visão de futuro. A economia será digital, o conceito de indústria 4.0 já se torna uma realidade e precisamos nos preparar para como isso vai impactar na geração de emprego e renda no setor”, afirmou Barros.
Pesquisa e inovação
Barros disse que um dos primeiros passos será a ampliação das parcerias das universidades estaduais com a Fiep. “A determinação da governadora é colocar as universidades à disposição do setor produtivo. Hoje temos 91 mil estudantes nas instituições estaduais de ensino superior, que formam 12 mil alunos por ano, um ensino que é custeado pela sociedade. Esses profissionais precisam, de alguma forma, devolver esse investimento, para o setor produtivo e a população”, disse.
Para os empresários presentes na reunião, o diálogo traz boa expectativa para o setor. “Acredito que teremos um excelente relacionamento com o governo. Há uma expectativa de melhora principalmente nas obras de infraestrutura, com a aceleração desses projetos. Com isso vamos gerar mais emprego e renda”, afirma José Eugenio Gizzi, vice-presidente da Fiep para assuntos legais e representante do setor da construção civil.