A Secretaria de Estado da Saúde reforça durante todo o mês de julho as ações de prevenção e atenção às hepatites com atividades direcionadas a profissionais que atuam diretamente no atendimento à população.
O Julho Amarelo foi instituído em todo o País, no ano passado, para ressaltar que existe diagnóstico precoce e tratamentos para as hepatites no Sistema Único de Saúde (SUS). As hepatites são um grupo de doenças que provocam inflamação do fígado e as mais frequentes são as virais.
“Hoje, temos disponíveis várias ferramentas eficazes para o combate às hepatites, como a vacina, que garante a prevenção das hepatites A e B, além dos testes rápidos, exames laboratoriais e medicamentos fornecidos na rede estadual“, destaca o secretário estadual da Saúde, Beto Preto
“Neste momento em que a Covid-19 é o foco do sistema de saúde em todo o mundo, é muito importante o alerta e reforço da vigilância para as doenças que podem ser prevenidas. Na maioria das vezes as hepatites são silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Por isso, a necessidade de estarmos atentos, evitando que pessoas se contaminem e que precisem de internamento”, salienta o secretário.
TIPOS – A hepatite A está associada à ingestão de água ou de alimentos contaminados. Existe vacina para este tipo de infecção. A dose está disponível na rede pública e deve ser recebida aos 15 meses de idade.
A hepatite B também tem vacina, recomendada em quatro doses também na infância. A principal indicação é para que os bebês recebam a primeira em até 24 horas após o nascimento. A hepatite B é uma doença crônica e, caso não haja diagnóstico, pode evoluir por muitos anos, provocando agravos como cirrose, câncer e a falência do fígado.
A chefe da Divisão de Doenças Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis da secretaria, Mara Franzoloso, explica que a vacina da hepatite B passou a fazer parte do calendário nacional de imunização na década de 90.
“As pessoas na faixa de 20 anos já devem ter sido vacinadas anteriormente e hoje estão protegidas. Mas quem está acima desta faixa deve estar atento e verificar a situação em relação à hepatite e se proteger. Esta vacina está disponível para todas as faixas etárias”, explica Mara.
Ela acrescenta que para a hepatite C ainda não há vacina. No entanto, existe tratamento eficaz com a cura total da infecção.
SINTOMAS – Ainda que silenciosa na maioria dos casos, a hepatite pode apresentar sintomas como mal-estar, fraqueza, dor de cabeça, febre baixa, falta de apetite, cansaço, náuseas e desconforto abdominal na região do fígado, icterícia (olhos e pele amarelados), fezes esbranquiçadas e urina escura.
INFORMAÇÕES – A Secretaria de Estado da Saúde reforçará todas as orientações sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e manejo das hepatites para profissionais das 22 Regionais de Saúde e dos serviços especializados. A videoconferência será no dia 27 a partir da 9 horas
“Vamos abordar vários temas relacionados às hepatites, principalmente sobre testes rápidos que devem ser incentivados em todo Estado, sempre com o objetivo de alertar e proteger a população, ampliando o diagnóstico e orientando para tratamento”, informa a chefe da divisão.
A programação inclui assuntos como a evolução clínica, medicamentos e impacto da pandemia da Covid-19 nos casos e tratamento das hepatites.
“O Julho Amarelo é uma ação que visa a prevenção por meio do conhecimento, capacitação e atualização de informações. A meta do Ministério da Saúde e da Secretaria da Saúde do Paraná é eliminar a hepatite C até o ano de 2030”, complementa Mara Franzoloso.
DADOS – As notificações para estes três tipos de hepatites apresentaram redução no Paraná entre 2018 e 2019. Foram registrados 54 casos em 2018, com queda para 47 no ano passado.
Quanto à hepatite B, houve 1.928 casos em 2018 e, no ano anterior, redução para 1.910 casos.
Em relação à hepatite C, em 2018 foram 1.537 casos e 1.503 confirmações no ano passado.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que 400 milhões de pessoas em todo mundo estejam infectadas pelos vírus das hepatites B e C. Apenas uma em cada 20 apresenta sintomas, e uma em cada 100 pessoas segue em tratamento.