O número de mortes decorrentes do novo coronavírus chegou a 35.026 nesta sexta-feira (5), com 1.005 novos óbitos registrados nas últimas 24 horas. O número de casos confirmados subiu para 645.771, segundo boletim diário do Ministério da Saúde.
Pelo terceiro dia seguido o ministério divulgou os dados às 22h. A medida teria sido ordem do presidente Jair Bolsonaro, como estratégia para esvaziar os jornais televisivos. Mais cedo, Bolsonaro ironizou que “acabou o Jornal Nacional” sem mortes para anunciar.
Nesta sexta também foi anunciado que o Ministério da Saúde não fará mais coletivas diárias, rotina que haja sido adotada pelo ex-ministro Luiz Henrique Mandetta desde março para dar transparência aos dados e às ações. A medida também visa esvaziar as atenções sobre a pandemia.
Ontem, o Brasil ultrapassou a Itália e passou a ocupar a terceira posição no ranking de países com o maior número de mortes causadas pela covid-19, em números absolutos. O total de infectados era de 614.941, com 34.021 mortes confirmadas no País.
Pela primeira vez desde o começo da pandemia, o governo não divulgou os números totais de infectados e mortos, informando apenas os números do dia.
Questionado sobre a falta de transparência e motivação dos atrasos, o ministério alegou necessidade de checagem das estatísticas recebidas pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde.