Reportagem: Josimar Bagatoli
Os cortes implantados na Acesc (Administração de Cemitérios e Serviços Funerários de Cascavel) têm resultado na redução de custos na manutenção da estrutura. O mais significativo de todos é o de horas extras, que chega a 71% em três anos.
O pagamento pelo trabalho além do expediente aos servidores que fazem o trabalho de transporte de corpos só em 2017 chegou a R$ 337.986,66. Em 2018 o valor caiu quase que pela metade (R$ 195.138,91), mas o resultado mais satisfatório com a contenção de gastos foi alcançado em 2019, com o repasse de apenas R$ 96.667,38 em horas extras, ou seja, queda de 71% em dois anos.
A Acesc possui 40 servidores efetivos. Os salários dos motoristas variam de R$ 1.394,08 (o menor) a R$ 11.294,62 (o maior). “A queda de gastos se deve à redução do quadro de servidores e de gestão administrativa, priorizando a continuidade dos serviços prestados e gastos menores”, resume o superintendente da Acesc, Beto Guilherme.
No fim do ano passado, a autarquia abriu certame para ampliar a frota e realizou registro de preços para aquisição de quatro novos furgões, totalizando R$ 440 mil. A compra teve que ser encaminhada após um acidente na PR-180, em outubro, quando uma das viaturas ficou bastante danificada.
Além disso, para complementar o trabalho de translado de corpos, a autarquia pretende terceirizar parte do serviço. Uma licitação por meio de registro de preço será realizada para contratação de empresa para o serviço funerário dentro e fora do Estado, com valor máximo de R$ 147 mil. Os transportes dentro do Estado terão custo de R$ 2,08 o quilômetro, podendo ser terceirizados até 50 mil/km – R$ 104 mil; os transportes fora do Estado terão custo de R$ 2,15 e poderão ser contratados até 20 mil/km, totalizando R$ 43 mil. “Tivemos um acidente com perda total do veículo. Com isso, verificamos a necessidade de manter um serviço emergencial. No caso de algum óbito, se os demais veículos estiverem ocupados, aciona o serviço terceirizado, pagando pelo quilômetro rodado”, diz Beto.
Para complementar o pacote de medidas administrativas, a Acesc está em processo de contratação de uma empresa que ficará responsável pela limpeza de todos os cemitérios das áreas rural e urbana. O serviço deve ficar abaixo de R$ 1 milhão.
Ano passado houve abertura de processo licitatório que teve uma série de impugnações das concorrentes. O valor máximo era de R$ 719,4 mil e previa apenas os cemitérios urbanos. O certame foi revogado.
A autarquia decidiu incluir os espaços da zona rural e em breve o edital será lançado, com novas planilhas. “Vamos incluir também as capelas do interior e os cemitérios de Sede Alvorada, Juvinópolis, Rio do Salto, São João e Espigão Azul”, explica Beto.
A empresa escolhida terá que destinar funcionários para cortes de grama, limpezas, demolições de sepulturas.