O Brasil nunca figurou na parte de cima dos rankings de avaliação da educação, contudo, nos últimos anos tem se esforçado para alcançar patamares cada vez mais baixos.
A política de aprovação em série e da facilitação da conclusão de cursos para elevar os índices de formação criaram um fenômeno absurdo, no qual diplomados têm dificuldades para ler e interpretar textos mais complexos. Muitos não sabem fazer contas de proporção e boa parte mal sabe escrever corretamente.
Quem tem filho estudando ou que passou pela rede pública nos últimos anos tem noção da realidade. Salvo algumas exceções, a ordem era aprovar mesmo que o estudante não tivesse condições para tal. E isso foi feito, ano após ano. Os resultados não poderiam ter sido diferentes.
A política educacional adotada no Brasil nos últimos anos recebeu severas críticas do atual governo federal que quer, inclusive, rever todo material didático. Recentemente, o Estadão divulgou que o MEC pretende jogar no lixo 2,9 milhões de livros didáticos, comprados por meio do Programa Nacional do Livro e do Material Didático, e que nunca foram utilizados. São livros cujo conteúdo estaria desatualizado.
A notícia tem tantos absurdos que não se sabe qual é o maior. Jogar livros no lixo? Que conteúdo é tão mal feito que se desatualiza tanto? Por que eles não foram distribuídos aos alunos? Quanto custou e quem autorizou a compra de produtos dessa qualidade?
O Brasil precisa parar de brincar de fazer educação e levar a coisa mais a sério. Sem ideologias, sem censuras, sem manipulação. A educação é o maior legado de uma nação. Quando vamos começar a preparar o nosso?