Cotidiano

Carteira assinada: Paraná gera 74 mil empregos formais

No Estado, saldo é 8% maior que em 2018; no País, houver abertura de 99.232 postos em novembro

Carteira assinada: Paraná gera 74 mil empregos formais

Cascavel – O Paraná criou 74.075 empregos formais entre janeiro e novembro de 2019, com crescimento de 8% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nessa quinta-feira (19).

O Estado se posiciona como quarto maior empregador do País e registra o maior saldo de trabalhadores com carteira assinada do Sul (2.677.869 pessoas).

Novembro foi o oitavo mês consecutivo de saldo positivo de contratações, com registro de 6.712 novos empregos, o melhor mês desde 2010 e uma evolução de 23% em relação ao ano passado (de 5.450).

O governador Carlos Massa Ratinho Junior disse que os resultados mostram que o Estado mantém uma trajetória de crescimento em emprego. Ele destacou a atração de quase R$ 23 bilhões em projetos privados com capacidade para gerar mais empregos.

“Estamos otimistas com os sinais da economia. O mercado de trabalho tem crescido amparado pela indústria, construção civil e serviços, setores impactados pela crise econômica”, afirmou o governador. “Com os investimentos e a desburocratização, a tendência é melhorar ainda mais nos próximos meses”.

Setores

Os setores que mais empregaram no ano foram serviços (41.821), comércio (14.059), construção civil (10.082) e indústria de transformação (8.125). A construção civil cresceu 8,37% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que indica a retomada da atividade imobiliária, uma das mais atingidas pela crise econômica dos últimos anos. O PIB (Produto Interno Bruto) do setor deve retomar as variações positivas neste ano, interrompendo trajetória recessiva.

Os subsetores que mais contrataram no ano foram comércio e administração de imóveis (20.772), comércio varejista (9.349), serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção e redação (7.008), ensino (4.947) e comércio atacadista (4.710).

No mês

Em novembro, o maior empregador foi o comércio (6.089), impulsionado pelas vendas de fim de ano. O setor respondeu por mais de 90% dos empregos gerados em novembro. O setor de serviços, que envolve turismo e gastronomia, também ajudou a puxar o crescimento. O subsetor que mais empregou foi o comércio varejista, com 5.783 vagas.

Cidades

Curitiba lidera a relação dos municípios com mais de 30 mil habitantes que mais criaram postos de emprego no acumulado do ano, com saldo de 25.444 novos postos de trabalho. Maringá (5.553), São José dos Pinhais (4.062), Cascavel (3.325) e Pato Branco (2.453) completam o ranking.

Curitiba também foi destaque em novembro, com 3.053 novos postos de trabalho, seguido por São José dos Pinhais (539), Ponta Grossa (474), Maringá (390) e Foz do Iguaçu (339), cidade com vocação turística que atrai muitos empregos entre o Natal e o Ano-Novo.

No País

O Caged também aponta crescimento nacional, com expansão de 99.232 postos em novembro de 2019 e 948.344 empregos no acumulado do ano. Os setores que puxaram o índice para cima foram serviços, indústria da transformação, comércio e construção civil. No recorte geográfico, quatro regiões apresentaram saldo de emprego positivo em novembro: Sudeste (51.060 postos), Sul (28.995), Nordeste (19.824) e Norte (4.491).

Geração caiu 41% no oeste

Na contramão do Estado e do País, na região oeste o saldo de novembro, levando em conta todos os setores, é 41% menor do que o saldo do mesmo mês em 2018. Somando as microrregiões de Cascavel, Foz do Iguaçu e Toledo, houver a geração de 546 postos de emprego formal, contra 935 registrados em novembro de 2018.

O setor que mais demitiu foi o de construção civil, que fechou novembro de 2018 com saldo negativo de 36 e, mês passado, teve 190 desligamentos.

Na agropecuária também houve redução, mas o saldo é positivo: foram contratados quatro trabalhadores, contra 26 em novembro do ano passado.

O número de contratações no setor de serviços também reduziu. O percentual passa de 53%: foram contratados 433 em 2018 e apenas 202 no mês passado.

Apenas o comércio teve aumento nas contratações. O saldo do mês passado foi 11% maior que no ano anterior. Em 2018, haviam sido abertas 560 vagas no mês, e, neste ano, elas somaram 625.

O acumulado dos 11 meses de 2019 também é menor em relação com relação a 2018. De janeiro a novembro foram gerados 9.553 novos empregos com carteira assinada, contra saldo de 10.959 no ano passado, uma redução de 13%.