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Brasil perde para a Bélgica e acaba com sonho do hexa em 2018

O sonho do hexacampeonato mundial acabou, pelo menos neste ano. Nesta sexta-feira (6), o Brasil foi derrotado pela Bélgica por 2 a 1, em Kazan, na disputa pelas quartas de final da Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Com isso, a seleção está fora da corrida pelo título.

Foi a primeira vez que a seleção brasileira tomou mais de um gol sob o comando de Tite, que havia assumido a seleção em 2016. Foi apenas a segunda derrota da equipe com o treinador – a outra foi num amistoso contra a Argentina em 2017.

TABELA

Na próxima terça-feira (10), a Bélgica enfrenta a França, na semifinal da Copa do Mundo. Em Copas, os dois de enfrentaram duas vezes. E os franceses ganharam ambas: 3 a 1 na primeira fase em 1938 e 4 a 2 (na prorrogação) na disputa pelo 3º lugar em 1986.

Eliminado, o Brasil repete as campanhas de 2006 e 2010, quando também caiu nas quartas de final. Em 2014, apesar de ter perdido de 7 a 1 para a Alemanha, a seleção foi mais longe: atingiu o 4º lugar – a derrota para os alemães ocorreu nas semifinais, fase que o time não alcançou desta vez.

HISTÓRICO

Brasil e Bélgica se enfrentaram apenas quatro vezes na história, e apenas uma em Mundiais: foi em 2002, com vitória brasileira por 2 a 0. Em 1963, a seleção canarinho foi goleada pela Bélgica por 5 a 1, numa das primeiras demonstrações da importância da preparação física na história. Dois anos depois, o Brasil devolveu a goleada com juros: venceu por 5 a 0. Em 1988, em um amistoso, o Brasil triunfou por 2 a 1.  

Com a eliminação, o Brasil perdeu a chance também de retomar um recorde que já foi apenas seu, o de maior número de jogos em Copas. A seleção apenas igualou a marca de 107 jogos, pertencente à Alemanha.

ESCALAÇÃO

Com o volante Casemiro suspenso, o Brasil entrou com Fernandinho no lugar dele. Por outro lado, o lateral Marcelo estava de volta, recuperado de lesão nas costas. O time entrou no esquema de sempre: 4-3-3 quando ataca e 4-1-4-1 quando defende. Na Bélgica, o técnico Roberto Martinez trocou algumas peças: Mertens por Fellaini (de 1,94m, para ter mais força na bola aérea) e Carrasco por Chadli no ataque. O esquema era o 3-4-2-1, mas com uma alteração tática: Fellaini jogou mais recuado e De Bruyne foi para a linha de dois meias-atacantes, ao lado de Hazard.

PRIMEIRO TEMPO

Num primeiro tempo com certo equilíbrio, Fernandinho, o substituto de Casemiro, acabou desequilibrando. Mas para a Bélgica. Aos 13 minutos, ele marcou m gol contra, após cobrança de escanteio. Aos 31 minutos, ele foi facilmente driblado por Lukaku no meio-de-campo. Lukaku continuou a jogada e tocou para De Bruyne, que arrematou no canto direito e fez 2 a 0 – curiosamente, foi a primeira finalização certa dos belgas na partida.

Do outro lado, o posicionamento da Bélgica fez mal ao Brasil. Fellaini não deu moleza para Neymar. Os lances de maior perigo vieram de chutes de fora da área, todos defendidos por Courtois. Ao fim do primeiro tempo, o Brasil teve 55% de posse de bola e 10 finalizações (3 certas), contra 7 (3 certas) dos belgas. Os outros dois chutes certos da Bélgica ocorreram após os 40 minutos.

SEGUNDO TEMPO

Para a etapa final, Tite trocou Willian por Roberto Firmino, que ficou pelo lado esquerdo do ataque. Neymar ficou centralizado e Gabriel Jesus passou a cair pelo lado direito, onde estava Willian. Aos 13 minutos, Gabriel Jesus deu lugar a Douglas Costa. Firmino ficou no meio e Neymar voltou ao lado esquerdo. O Brasil tentou impor seu jogo, enquanto a Bélgica apostava nos contra-ataques.

Sem ver evolução, Tite trocou Paulinho por Renato Augusto aos 28 minutos. Aos 31, Renato Augusto descontou, de cabeça, após belo lançamento de Philippe Coutinho. O time foi para cima e a Bélgica se fechou, segurando a vitória.

ESTATÍSTICAS

Ao fim de 90 minutos, o Brasil finalizou 26 vezes (8 certas), teve 57% de posse de bola e acertou 89% dos passes. A Bélgica finalizou 8 vezes (3 certas), teve 43% de posse de bola e acertou 80% dos passes. Os números são da Fifa.

 

BRASIL 1 x 2 BÉLGICA
Brasil: Alisson; Fágner, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Fernandinho, Paulinho (Renqto Augusto) e Philippe Coutinho; Willian (Firmino), Gabriel Jesus (Douglas Costa) e Neymar. Técnico: Tite
Bélgica: Courtois; Alderweireld, Kompany, e Vertonghen; Meunier, Fellaini, Witsel e Chadi (Vermaelen); De Bruyne e Hazard; Lukaku (Tielemans). Técnico: Roberto Martinez
Gols: Fernandinho (contra, 13-1º), De Bruyne (31-1º), Renato Augusto (31-2º)
Cartões amarelos: Alderweireld, Meunier, Fernandinho, Fagner
Árbitro: Milorad Mazic (Sérvia)
Público: 42.873
Local: Arena Kazan, em Kazan, sexta-feira