Policial

GDE: Prisões por tráfico crescem 55%

Agora, já são 115 presos em ações do Grupo.

GDE: Prisões por tráfico crescem 55%

O número de pessoas presas por tráfico de drogas pelo GDE (Grupo de Diligências Especiais) de Cascavel neste ano é 55% maior que o registrado nos 11 primeiros meses de 2018. Ano passado, haviam sido presas 74 pessoas. Agora, já são 115 presos em ações do Grupo.

Para o delegado Thiago Teixeira, que comanda o GDE, os números se devem a uma especialização: “Até o fim do ano passado, o GDE investigava furtos, roubos e tráfico de drogas. Este ano nós tivemos a criação do SIC [Setor de Investigações Criminais], que ficou responsável por investigar os furtos e, mesmo perdendo metade do efetivo do GDE, que foi remanejado para o SIC, o nosso foco ficou em roubo e tráfico e isso contribuiu para esse aumento”.

No total, 291 pessoas foram presas pelo GDE em 2019.

Thiago afirma que, com esse aumento de prisões por tráfico, também houve redução de roubos na cidade. “Crimes patrimoniais muitas vezes estão ligados ao tráfico. Então, com essa maior repressão, também registramos uma redução de quase 16% nos roubos em relação ao ano passado”, garante o delegado.

Drogas

O total de drogas apreendidas de janeiro a novembro pelo GDE é de 1.557 quilos, considerando todos os tipos de entorpecentes. O número de prisões não está diretamente ligado ao número de drogas apreendidas, pois nem sempre há apreensão durante as prisões.

Além disso, o Grupo colaborou e participou de diversas operações em parceria com outros órgãos, cujas prisões não entram para a estatística do GDE.

O delegado destaca ainda a importância de operações como a Hórus e a Muralha para a redução do tráfico de drogas: “Essas fiscalizações fazem com que o tráfico reduza, apesar dos meios que os traficantes usam para tentar burlar essas fiscalizações”, complementa Thiago.

Quadrilhas

O delegado cita ainda a investigação a grupos especializados em assaltos nas rodovias, principalmente a compristas, que trazem produtos do Paraguai. “Nós tivemos um grupo que se passava por policiais militares que foi preso. Tivemos outro daquela situação envolvendo uma van de Curitiba e também aquela na BR-277 em que houve uma morte. Dessa situação da van, tivemos várias pessoas detidas e uma delas possivelmente tenha envolvimento com o assalto no qual um dos ladrões morreu. A situação ainda é investigada, mas temos vários suspeitos detidos”, revela.

Ele diz que o módus operandi dos grupos é o mesmo: existe um informante em Foz do Iguaçu que avisa os grupos sobre os produtos e as características dos veículos.