Opinião

Trevo Cataratas - Uma questão de justiça

Por Carla Hachmann

Reconhecida como polo de educação e de saúde, centro comercial e um dos principais celeiros do País, a região oeste do Paraná viveu anos sem ser ouvida pelo governo do Estado. Um verdadeiro apagão logístico se instalou e, apesar dos constantes apelos das mais diferentes áreas, quase nada foi feito. E ainda presenciou o fiasco de obras anunciadas e realizadas apenas em parte, outras prometidas e esquecidas, sem qualquer pudor do governo, que prometia, repetia e nada fazia.

Agora, uma grande justiça está sendo feita. A readequação do Trevo Cataratas a ser executada com recursos da devolução do pedágio cobrado a mais dos cidadãos, do setor produtivo, dos agricultores.

A obra não sobrepõe outras relegadas, como a duplicação da BR-277 e a nova ligação da BR-369 à BR-277, mas vem atender a uma demanda histórica e sanar um gargalo logístico que não beneficiará apenas quem é da região, mas os mais de 30 mil motoristas que passam diariamente pelo cruzamento que liga o Sul ao restante do País.

O anúncio da readequação do trevo é uma conquista da sociedade civil organizada, que se uniu, juntou forças, falou no mesmo tom com o governo; da imprensa, que sempre destacou o estrangulamento do entroncamento e a importância dessa obra; e das forças políticas, que trabalharam pelo desenvolvimento regional.

Por muitos anos o oeste viu suas demandas serem ignoradas e obras sendo desviadas para outras regiões do Estado. O governo tem uma dívida histórica grande com a região, mas que começa a ser vista e, enfim, reconhecida.