Perder até 100 fios de cabelo, embora pareça um número elevado, é considerado normal entre os especialistas. Contudo, durante a vida é comum que as pessoas se deparem com doenças e distúrbios orgânicos, que fazem com que os cabelos caiam em grande quantidade durante um período de tempo e, em alguns casos, definitivamente.
O especialista em restauração capilar Thiago Bianco explica que muitas doenças podem ter o quadro revertido como nos casos de pacientes em tratamento de câncer ou com alopecia arreata. Em casos como a alopecia androgenética, que não têm cura, porém tem tratamentos, a única solução quando já houve a perda capilar e já existe a calvície é o transplante capilar, que retira, do próprio paciente, os fios saudáveis e os transplanta para as áreas sem os fios.
“Toda queda capilar acima do normal, que já leva a uma rarefação e ao aparecimento de transparência do couro cabeludo, deve ser investigada e tratada. Quadros iniciais respondem bem ao tratamento e quadros mais avançados tem como melhor tratamento o transplante capilar”, alerta o especialista.
Bianco explica mais sobre algumas doenças que podem prejudicar os fios dos cabelos. Confira:
Síndrome do ovário policístico
É uma doença caracterizada por alterações menstruais, produção elevada de testosterona e presença de micro cistos nos ovários, causando um desbalanço hormonal e aumento na queda capilar. Outros sintomas incluem, ganho de peso, acne, cabelo e pele oleosos.
Dietas rígidas
Dietas que restringem a ingestão de grupos alimentares podem prejudicar o funcionamento do organismo em diversos aspectos, incluindo o ciclo capilar. Para que a alimentação seja balanceada e garanta a saúde dos fios, é necessário o acompanhamento médico na reeducação alimentar;
Problemas na tireoide
A glândula fica localizada na laringe e é responsável por liberar a secreção dos hormônios tireoidianos. Quando a glândula produz, mais ou menos hormônios (hipotireoidismo ou hipertireoidismo), o ciclo dos fios fica alterado e, deste modo, acelera o processo de queda capilar e com crescimento mais lento;
Doenças autoimunes
São distúrbios como alopecia arreata, lúpus e psoríase, que acabam atacando os órgãos e os tecidos do próprio corpo e causam a descamação da pele (e do couro cabeludo), além de modificar a saúde dos fios e causar a queda em certas áreas.
Alopecia androgenética
Acontece quando a testosterona (presente em ambos os sexos) se transforma em DhT, substância que, no couro cabeludo, gera miniaturização dos fios até o momento que os cabelos caem e não tornam a crescer.
Fonte: www.thiagobianco.com.br