Aos prantos e com uma pequena toalha branca para secar as lágrimas, Lucilene aguardava pela justiça esperada por sete anos. Ela foi cumprimentada pelo promotor no início do julgamento e lembrou há quanto tempo esperava pelo momento. “Já são sete anos. Era namorado dela”, comentou, baixinho, aos prantos e informando apenas o primeiro nome e disse que tem outra filha, chamada Bruna.
Da última fileira do Tribunal do Júri, ela acompanhou o julgamento de Maison Rodrigo Vieira, que em março de 2011 atirou cinco vezes contra a filha de Lucilene. Joice Souza Alves de Miranda, na época com 15 anos, morreu na hora, dentro de uma casa noturna que funcionava na região Norte de Cascavel.
O acusado não compareceu ao júri. Apenas a advogada dele. E por isso, ele foi condenado a 21 anos e 9 meses de prisão em regime fechado por homicídio qualificado e a Justiça decretou a prisão preventiva. Agora, Maison, que na época do crime tinha 22 anos, é foragido da Justiça.
Por ciúmes
A investigação mostrou que ele matou a jovem por ciúmes. “Se ela não ficar comigo, ela não ficará com mais ninguém”, foi a frase proferida pelo acusado à mãe da jovem e apresentada aos jurados.
O depoimento que o rapaz deu à polícia na época foi reproduzido aos jurados e o rapaz alegou que havia sido traído e que era ameaçado por um rapaz que Joice começou a namorar depois dele. Na época, Maison emprestou a arma de um amigo, foi até a boate, encontrou o casal e disparou cinco vezes contra a jovem, que morreu na hora.