Política

Sem entraves legais, vagas serão repostas

Estima-se que haja 130 vagas a serem preenchidas entre setembro e outubro

Sem entraves legais, vagas serão repostas

Reportagem: Josimar Bagatoli

Com o equilíbrio nas despesas com salários e leve aumento na arrecadação, a Prefeitura de Cascavel aproveitará o fôlego para repor o quadro de servidores considerado defasado diante da demanda de serviços públicos. Estima-se que haja 130 vagas a serem preenchidas entre setembro e outubro – antes de um novo balanço do limite prudencial, que limita em 51,3% da receita o gasto com folha de pagamentos: a expectativa do Município é de que ele seja novamente extrapolado no último quadrimestre do ano.

O critério a ser seguido será a urgência diante do risco de comprometimento dos serviços públicos. “Temos agora uma janela aberta para fazermos algumas reposições: justificada a necessidade e também o risco iminente de falta de serviço à população faremos as contratações. Temos consciência de que temos um período para chamar servidores que não são da Saúde, da Educação nem da Segurança Pública – setores que são liberados mesmo com o índice”, explica o prefeito Leonaldo Paranhos.

Pelo que consta no último balanço há 8,8 mil servidores ativos no quadro funcional do Executivo municipal. Em agosto, eram 265 servidores temporários – a maioria na Educação. Do total, são 318 cedidos a outros órgãos; em compensação, apenas 14 vieram de outros órgãos para servir ao Paço. Para manter a folha em dia, a prefeitura gasta em média R$ 31 milhões – ou seja, a arrecadação precisa ser superior a R$ 1 milhão por dia para que os funcionários públicos tenham os salários em dia. “É uma questão que temos que trabalhar não apenas com relação ao índice do limite prudencial, mas também com relação à arrecadação. A cada R$ 1 mil investidos em folha de pagamento, temos que arrecadar R$ 2 mil – ou seja, a cada R$ 1 milhão que acresce a folha, são necessários R$ 2 milhões. Precisa gestão e deixar de lado a emoção”, explica o prefeito.

Liberação aos poucos

As autorizações de novas contratações estão sendo liberadas gradativamente: já foram autorizados dez novos servidores à Secretaria de Assistência Social. Isso não quer dizer que o quadro esteja completo: havia necessidade de 23 novas contratações – apenas metade foi atendida pelo Paço. “Liberamos psicólogo, servidores para administrativo e motoristas  para não interrompermos os programas. Avaliaremos também as demandas das demais secretarias”, afirma Paranhos.

Em dois anos e nove meses, o Paço contratou 1,6 mil novos servidores para atender em novas estruturas públicas. “Estamos aumentando os serviços e precisamos de gente. Fizemos muitas parcerias e temos buscado entidades para reduzir o impacto. Isso tem dado certo. Mas de forma alguma vou deixar prejuízos, só que tem coisas que não conseguimos fazer”.