Política

Candidato se queixa do “cada um por si”

Curitiba – Candidato ao governo do Paraná pelo PT, Dr. Rosinha fez duras críticas à sabatina promovida pela Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná) na segunda-feira (13). “O candidato do PSD ao governo do Paraná, Ratinho Jr, foi aplaudido pelos grandes proprietários do Estado ao defender (…) que eles têm o direito de se armar a fim de proteger suas terras. Ratinho concordou com o pedido de flexibilização do Estatuto do Desarmamento formulado pela Faep, a federação que representa os grandes fazendeiros, durante sabatina no Hotel Bourbon. Infelizmente, não recebi da Faep a mesma atenção dedicada a Ratinho Jr, a Cida Borghetti (PP) e a João Arruda (MDB), e, consequentemente, não pude expor democraticamente minha posição sobre o tema. A recusa da federação em abrir espaço para ouvir meu ponto de vista, quando represento a única candidatura de centro-esquerda hoje posta na corrida pelo Palácio Iguaçu, evidencia que essa não é uma organização democrática, ao contrário do discurso que ela própria reivindica para si”, disse o candidato ontem.

E ele continua: “Estivesse eu lá, teria começado por lembrar o próprio candidato Ratinho Jr de que ele já liderou na Assembleia Legislativa do Paraná, em 2005, o bloco pró-desarmamento, à época uma minoria na Casa, que acusava a ‘bancada da bala’ de fazer o ‘discurso fácil’ contra o estatuto bancado pelo Governo Lula, que pretendia pacificar o País. Ratinho Jr era na época – ainda mais – jovem e pode ter com o tempo mudado de opinião. Mas o mais provável é que agora, diante da atual conjuntura política de discursos cada vez mais inflamados e estímulo ao ódio, seja Ratinho Jr quem está fazendo o ‘discurso fácil’, eleitoreiro. Cabe perguntar: o que mais Ratinho Jr pode estar dizendo da boca para fora?”

Dr. Rosinha acrescenta que, se estivesse presente no evento da Faep, “como mandam as regras da boa convivência democrática”, teria respondido que “sob minha gestão, o Estado do Paraná criará espaços permanentes de diálogo com organizações e movimentos sociais do campo, visando a construção, implantação e democratização de políticas públicas, programas e ações que promovam o desenvolvimento rural sustentável e solidário.”

E termina: “Um candidato que concorda com a política da força bruta, do cada um por si, declara de antemão a falência do próprio governo.”