Cascavel – Uma das principais ações do Estado para o enfrentamento da tuberculose foi selecionada pelo Ministério da Saúde como uma das ações mais exitosas do Brasil. A Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) apresentou a proposta do “Plano Estadual pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública 2022-2030” e foi selecionada entre as 15 melhores iniciativas do País.
Em novembro do ano passado o Ministério da Saúde publicou uma chamada para mapear experiências exitosas nos estados no combate à tuberculose. Ao todo, foram inscritas 61 experiências, das cinco regiões do Brasil. As estratégias fazem parte e são recomendadas pelo Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública a serem desenvolvidas de 2021 a 2025.
Em dezembro de 2022, as equipes da Sesa apresentaram em reunião da Comissão Intergestores Bipartite as metas, ações e diretrizes para os próximos anos para o fortalecimento da Atenção Primária e Vigilância em Saúde. A proposta do Plano Estadual pelo Fim da Tuberculose até 2030, que norteia ações de profissionais e atuação dos serviços de assistência, foi aprovada pelo Estado e municípios.
Dentre as ações, estão a vacinação, estratégias de gestão e operacionalização dos sistemas de informação, detecção dos casos de tuberculose e monitoramento e controle de contatos dos pacientes com outras pessoas, ações direcionadas às populações específicas que vivem em vulnerabilidade, além de outras estratégias assistenciais e de gestão da Rede de Atenção à Saúde do Paraná (RAS).
No reforço ao enfrentamento à doença, a Sesa disponibiliza o Teste Rápido Molecular para Tuberculose (TRM-TB) e conta com 11 equipamentos de diagnóstico distribuídos nos laboratórios da rede estadual. Esse tipo de teste permite a detecção rápida do complexo mycobacterium tuberculosis e de micobactérias não-tuberculosas (MNT), auxiliando os profissionais no diagnóstico e redução do tempo para o início do tratamento.
O secretário Beto Preto enfatizou a que a Sesa alerta constantemente os profissionais que atuam na área da saúde e a população sobre a importância do diagnóstico e o tratamento da doença. “Ressaltamos a importância do diagnóstico diferencial da tuberculose e a necessidade de se manter o cuidado das pessoas infectadas, incentivando os pacientes a seguirem com o tratamento. Essa política pública sempre teve nossa atenção. Esse é o resultado de um trabalho contínuo”, ressaltou.
Beto Preto lembrou que a tuberculose é uma doença que pode ser prevenida com a vacina BCG e tratamento da infecção latente, tem diagnóstico sensível à atenção primária em mais de 80% dos casos e tratamento gratuito disponível pelo Sistema Único de Saúde para toda a população.
A doença
A tuberculose acomete principalmente os pulmões e afeta grupos populacionais mais vulneráveis, biologicamente ou socialmente. A maior incidência de casos é verificada em pessoas privadas de liberdade (PPL) e na população em situação de rua (PSR). O principal sintoma da doença é a tosse na forma seca ou produtiva. Por isso, recomenda-se que a pessoa com tosse por três semanas ou mais procure a unidade de saúde mais próxima.
No Brasil foram diagnosticados mais de 68 mil casos novos de tuberculose em 2021, com incidência de 32 casos a cada 100 mil habitantes. No Paraná no ano de 2022 foram diagnosticados 2.333 casos novos com a incidência de 20,4 casos a cada 100 mil habitantes. Em 2022 houve uma redução de 4,3% no diagnóstico de casos novos de tuberculose, quando comparado com o ano de 2020.
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Verão aumenta em até 30% a incidência de cálculos renais
Curitiba – O verão é a estação favorita do brasileiro, mas acende o alerta para a alta incidência de pedras nos rins 30% maior que em outros períodos do ano. Isso acontece, pois há o aumento da transpiração sem a hidratação adequada para supri-la. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), estima-se que 1 em cada 10 pessoas no Brasil sofra de cálculo renal, sendo mais comum entre adultos jovens e mais frequente em homens. Cerca da metade destas pessoas terão um novo episódio de cálculo ao longo dos 10 anos seguintes e por isso a prevenção é muito importante.
A litíase renal, também conhecida como cálculos ou pedras nos rins, é causada pela cristalização de sais minerais presentes na urina. Segundo Eduardo Gerber, médico urologista do Pilar Hospital, a litíase renal ocorre pela hipersaturação de minerais na urina, por um distúrbio metabólico, principalmente, na filtração. “Os cálculos podem ser formados por vários minerais. O mais comum de todos, que ocorre em 80% a 85% dos casos, são os cálculos de oxalato de cálcio, seguido por cálculos de ácido úrico, de estruvita, de cistina, entre outros. Estes são os principais”, comentou o médico.
Pacientes masculinos apresentam mais chance de ter litíase renal, que pode ocorrer em todas as etapas da vida, mas é constatada com mais frequência em adultos com idade entre 20 a 40 anos. Quanto aos fatores ou hábitos que contribuem para a incidência, o médico informou que não há apenas uma causa, sendo uma doença de origem multifatorial. “A dieta é o fator mais importante, mas também há fatores quanto à genética, à hereditariedade, além de algum distúrbio de paratireoide e distúrbios de metabolismo de cálcio, que podem surgir e evoluir com formação de pedras dentro do sistema urinário”, explicou.
Em relação à dieta, o médico alerta para a ingestão de sal, que não deve ser realizada em demasia devido ao sódio, que é um dos principais responsáveis pela formação de cálculos e evitar comidas enlatadas e industrializadas, além de reduzir a ingestão de carne vermelha, que é um fator formador de litíase urinária. “Não é para parar de comer carne, que tem suas benesses, mas sim variar o tipo de carne com frango, peixe, porco, e não somente carne bovina. Além disso, o ideal é ingerir de 2 a 3 litros de líquidos por dia”, recomendou.