Saúde

No mês de conscientização sobre a doação de órgãos HUOP integra Campanha Vida sem Fim

Apesar do grande volume de cirurgias realizadas, a quantidade de pessoas em lista de espera para receber um órgão ainda é grande

No mês de conscientização sobre a doação de órgãos HUOP integra Campanha Vida sem Fim

O mês de setembro é marcado pela conscientização da importância da doação de órgãos.

Neste período devemos trazer visibilidade para este assunto e informar as pessoas sobre o processo de doação, proporcionando conhecimento e desmitificando tabus que impendem o consentimento familiar.

O Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, que é garantido a toda a população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), responsável pelo financiamento de cerca de 95% dos transplantes no país. Apesar do grande volume de cirurgias realizadas, a quantidade de pessoas em lista de espera para receber um órgão ainda é grande.

Para vencer a desproporção entre número de pacientes na lista e o número de transplantes realizados, é importante conscientizar a população sobre todas as etapas do procedimento, que começa com o diagnóstico de morte encefálica de um potencial doador e termina na recuperação do paciente que recebeu um novo órgão.

A Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Cihdott) do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), além de realizar o processo de transplantes, tem como objetivo inicial tranquilizar e acolher a família do potencial doador, dando suporte no processo de luto e aceitação da morte encefálica, que será confirmada através de diversos exames.

Segundo a Enfermeira Mestre Gelena Versa, coordenadora da Cihdott, o processo é realizado respeitando os limites de aceitação de cada família “Nós realizamos o trabalho desde o acolhimento da família a partir do momento que existe a suspeita de morte encefálica do paciente; os exames para a confirmação podem demorar alguns dias, então acompanhamos a família para que eles passem por este processo de luto e após a finalização dos exames que constatam o óbito, a comissão realiza a orientação sobre o tramite funerário e a entrevista de doação de órgãos´´.

Os dados da taxa de doação surpreendem e são motivos de orgulho para o Paraná, o estado possui a maior porcentagem de aceitação de transplantes. ´´Somos referência em transplantes, pela terceira vez na história, assumimos a primeira colocação ranking nacional. Caso existisse um ranking mundial, também ocuparíamos o primeiro lugar, pois temos a maior taxa de doações por milhões de habitantes; pois a Espanha que é considerada referência mundial em transplantes por conta do seu modelo e especialização, são pioneiros neste campo cirúrgico. E nosso estado com o trabalho que vem sendo desenvolvido, ultrapassou a taxa de aceitação da Espanha´´, conclui Gelena Versa.

Como ser doador de órgãos?

De acordo com a legislação brasileira (lei nº 10.211, de 23 de março de 2001), a retirada dos órgãos e tecidos para doação só pode ser feita após autorização dos membros da família.
Para a doação, o doador deve ter sofrido de morte encefálica, pois somente assim os principais órgãos vitais permanecerão aptos para serem transplantados para outra pessoa.

Pessoas vivas também podem ser doadoras de órgãos, mas apenas aqueles que são considerados “duplos”, ou seja, que não prejudicarão as aptidões vitais do doador após o transplante. Um dos rins ou pulmões, parte do fígado, do pâncreas e da medula óssea são exemplos de órgãos que podem ser doados por pessoas ainda em vida. Informações retiradas do site do Sistema Nacional de Transplantes: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/snt

Crédito: Assessoria