Em 2022 o Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), obteve um número expressivo de captação de órgãos. No total foram notificadas 77 Mortes Encefálicas (ME) e desse número, 31 captação de órgãos foram realizadas e houve somente 14 recusas para a doação de órgãos. As ME também estão incluídas nessas notificações, o número de diagnósticos não concluídos e as exclusões para doação também entraram na coleta de dados.
O diagnóstico de morte encefálica é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. Dois médicos diferentes examinam o mesmo paciente, sempre com a comprovação de exames complementares, que é interpretado por um terceiro médico, para comprovar a morte encefálica.
Após a comprovação e autorização da captação de órgãos aos pacientes que estão na fila de transplante e que são compatíveis com o possível doador. É realizada a comunicação entre a equipe responsável pela captação do órgão e a Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do HUOP, sendo de responsabilidade dessas equipes a coleta do órgão a ser doado.
De acordo com a coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT/HUOP), Gelena Versa, 2022 pode ser resumido em um ano de muito trabalho aos profissionais do Hospital.
“Nosso trabalho ao longo deste ano foi de acolhimento as famílias que perderam seus entes queridos em um momento difícil e o mesmo tempo conseguimos converter o sofrimento em esperança de vida para outras pessoas que estão na fila por um transplante. Nosso principal objetivo é ajudar o próximo, salvar vidas, disseminando compaixão entre as pessoas”, explicou a coordenadora.
As pessoas que perdem um ente querido recebem todo o suporte psicoemocional dos profissionais do HUOP e em 2023, o foco é proporcionar cada vez mais ajuda e a captação de potenciais doadores de órgãos, se você tem vontade de fazer o bem, informe sua família e as pessoas mais próximas.
Como ser um doador de órgãos no Brasil
Para ser um doador, basta conversar com sua família sobre o seu desejo. No Brasil, a doação de órgãos só será feita após a autorização familiar. Há dois tipos de doador: o primeiro é o doador vivo. Pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes, só serão doadores com autorização judicial.
O segundo tipo é o doador falecido. São pacientes com diagnóstico de morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral). Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado, e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.
Crédito: Assessoria