Quem também tem o olhar voltado para a recuperação do paciente é o Serviço Social, que avalia as necessidades e particularidades de forma individual. “Sabemos que muitas questões influenciam. É preciso olhar o que acontece no entorno, as relações familiares, se possuem família, e principalmente para onde vão após a alta, para que possam continuar se recuperando. Em muitos casos auxiliamos também nos benefícios sociais e buscamos ajuda para que tenham uma reabilitação completa”, explica a assistente social, Cristiane de Godoy Sartori Zimmer.
HUOP REFORÇA HUMANIZAÇÃO DURANTE A PANDEMIA
Nessa época da pandemia do novo coronavírus, alguns cuidados precisaram ser tomados a fim de evitar a proliferação do vírus, como a mudança no fluxo interno e a restrição de visitas e acompanhantes. “Recebíamos muitos voluntários que realizavam apresentações e entregavam lembranças. No momento, como estão restritas essas visitas, eles se solidarizaram na entrega de doações. Isso tem sido muito gratificante para nós, para que consigamos proporcionar um acolhimento para esses pacientes, que muitas vezes estão sem contato com a família”, diz a coordenadora da Comissão, Luciana.
Para ajudar nesse contato com a família, o Serviço Social também tem sido extremamente importante. É através do Call Center, que o familiar referenciado pelo paciente, recebe a informação do estado de saúde. “Quem está conseguindo conversar incentivamos a ficar com o celular, mas sempre perguntamos e entramos em contato para saber como está o paciente e se podemos ajudar com isso”, diz a assistente social, Daniela Prochnow Gund. “Está sendo bem desafiador, pois ouvimos muitas dúvidas, angústias, medos. Procuramos auxiliar por telefone, mas temos muita vontade de acolher e trazer pessoalmente como fazíamos antes”, complementa Daniela.
As dificuldades, durante a pandemia, aumentaram ainda mais, principalmente com relação ao financeiro. “Percebemos a dificuldade em vários setores, e não apenas na Ala covid-19, pois sabemos que agora o momento é mais complicado. Tentamos sempre alguma ajuda, como o auxílio emergencial, porém alguns casos necessitam encaminhamentos, o que também sentimos a dificuldade pela falta de atendimento presencial”, finaliza Daniela.