Cascavel – Na quinta semana seguida de queda de novos casos de contaminados pelo novo coronavírus, Cascavel já cogita ampliar a reabertura das atividades, o que inclui as escolas privadas e demais eventos. Além disso, apenas as casas noturnas continuam fechadas. “Estamos entrando na quinta semana com queda de números e essa redução traz alguns indicativos de positividade, no sentido de atender alguns ramos de atividades, alguns setores da economia que ficaram desassistidos nesse decreto do dia 14 [de julho]. Porém, a gente sabe que é preciso aguardar a sexta semana para termos um resultado mais efetivo. Estudos mostram que são necessárias pelo menos seis semanas seguidas de redução de casos para ser considerado um resultado efetivo de queda. Precisamos desse prazo para termos uma melhor visão da tendência de resultados e, assim, assumirmos de maneira muito responsável um posicionamento”, explica o secretário de Desenvolvimento Econômico, Alcione Gomes.
Assim, pelas suas projeções, no fim da próxima semana será possível ter novidades sobre a volta das aulas.
Para o presidente do Sinepe (Sindicato das Escolas Particulares) Regional Oeste, Gelson Luiz Uecker, a decisão de Cascavel pode incentivar outros municípios a seguir o mesmo caminho.
Ele aguarda o agendamento de uma reunião com representantes do Município para discutir a possibilidade de retomada. Cascavel é um dos 46 municípios que receberam ofício do sindicato solicitando a retomada gradual das aulas, iniciando pela educação infantil. “Esperamos essa reunião para haver uma definição. Nós estamos preparados para o retorno, com todos os protocolos definidos e as adaptações necessárias realizadas. Inclusive, entramos em contato com escolas de Manaus, que têm situação de casos semelhante à nossa e já está na quarta semana de retomada sem registro de aumento expressivo de casos. Comparamos os protocolos seguidos lá e são semelhantes aos que serão adotados aqui”, assegura.
Foz descarta retorno
Já em Foz do Iguaçu, a maioria das instituições privadas autorizadas a retomar as atividades presenciais com alunos dos últimos anos preferiu manter as aulas remotas.
O Município reforçou que a educação infantil deve ser última a retomar as atividades. A secretaria municipal de educação trabalha com possível retorno em setembro, mas não inclui educação infantil.
Só em setembro
Já na rede pública, o trâmite deve ser mais demorado. A comissão de secretários de Educação, com auxílio da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná), elaborou um documento que organiza os protocolos administrativo, sanitário e pedagógico para o retorno às aulas e que terá de ser seguido pelos municípios.
Há orientação inclusive de produtos e EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) que terão de ser adquiridos para que todas as instituições garantam o retorno das atividades com segurança.
Essas ações caminham paralela ao comitê formado pelo Estado que desenha o protocolo para a reabertura. Contudo, o governador Ratinho Junior tem dito que as aulas não voltam antes de setembro. Ontem, o secretário de Saúde, Beto Preto, também repetiu que é preciso ao menos mais 30 dias antes do início das aulas.
A Seed (Secretaria de Estado da Educação) reforçou que qualquer retomada das aulas presenciais, seja da rede privada ou da pública, terá de ser decidida pelo governo estadual.