Saúde

Anvisa aprova autorização temporária para uso emergencial de vacinas contra a covid-19

Até o momento, Anvisa não recebeu pedido de autorização

Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Foto ilustrativa
Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Foto ilustrativa

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta quinta-feira (10) a autorização temporária para uso emergencial de vacinas contra a covid-19. Na prática, visa facilitar a disponibilização e o uso da vacina, uma vez que o trâmite burocrático de aprovação demora mais de 60 dias. A decisão foi tomada de forma unânime na reunião da Diretoria Colegiada e vinha sendo cobrada pelos governadores. “Eu me sinto confortável de trazer essa ferramenta trazendo a certeza que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária é um lugar de muito compromisso e empenho, de discussões técnicas e amplas com todos os atores que precisamos conversar”, afirmou Alessandra Bastos Soares, diretora da Anvisa.

Ela explicou que a autorização do uso emergencial será decidida por meio de nova votação. Além disso, a Anvisa vai exigir o cumprimento dos “requisitos mínimos de segurança, qualidade e eficácia”.

Contudo, a Anvisa alega que ainda não recebeu pedido de uso emergencial nem sequer pedido de registro de vacina até o momento. Essas solicitações devem ser feitas pela empresa responsável pela produção do imunizante. Além disso, Alessandra ressalta que a Anvisa tem autoridade para modificar, suspender ou cancelar a autorização temporária a qualquer momento.

Quatro vacinas contra a covid-19 são estudadas no Brasil. A Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan; a vacina da Pfizer, feita pela farmacêutica americana com o laboratório alemão BioNTech; a de Oxford, criada pela universidade da Inglaterra com a farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca; a da Johnson, do laboratório Janssen, que é englobado pelo grupo Johnson & Johnson.

Quem está em um passo mais avançado é a Coronavac. O governo de São Paulo divulgou que pretende iniciar o processo de vacinação no dia 25 de janeiro de 2021, mas, para isso, ainda depende do aval da Anvisa.

A vacina da Pfizer passou a ser aplicada no Reino Unido, o primeiro Estado ocidental a autorizar o uso de uma vacina contra a covid-19.

A vacina de Oxford apresentou 70% de eficácia, conforme a apresentação dos dados preliminares na etapa 3 e é uma das que estão perto de fazer um pedido de autorização para o uso emergencial da vacina no País.

A vacina da Johnson chegou a ter os testes suspensos no Brasil em outubro e prevê o resultado da eficácia para o fim de janeiro.