Em março de 2022, os casos positivos de dengue em Cascavel começaram a aumentar semana a semana e uma verdadeira epidemia foi instalada na cidade, que terminou o ciclo epidemiológico no fim de julho, com 13.010 casos positivos e 15 óbitos pela doença. Um ano depois, a preocupação das autoridades de saúde e os esforços se concentram para que a mesma situação não se repita. Para isso, diversas ações estão sendo realizadas para combater um “pequeno mosquito”, mas, que traz grandes problemas para saúde.
O boletim de casos da doença em Cascavel divulgado ontem (15) apontou um total de 28 casos confirmados da doença neste novo ano epidemiológico, um caso a mais do que na semana passada, mas, além disso, existem outros 97 casos suspeitos sendo investigados de dengue e um de Chikungunya. A maior parte dos casos positivos, cinco deles, são de moradores do Bairro Interlagos, seguido de dois casos para os bairros Country, Guarujá, Periolo, Vila Tolentino, Presidente, Santa Cruz e São Cristóvão.
Existem também casos confirmados nos bairros Brasília, Brasmadeira, Cascavel Velho, Floresta, Neva, Pioneiros Catarinenses, Neva, Riviera, Tarumã e 14 de Novembro.
Para combater a proliferação do Aedes aegypti e avanço da dengue, neste mês de março caçambas foram colocadas em três bairros da cidade, onde os índices de infestação do mosquito estão em alto risco. Com isso, já foram retiradas 76 toneladas de lixo que estavam nas casas dos cidadãos, potenciais criadouros.
Índice atualizado
Ainda nesta semana deve ser divulgado o resultado do 2º Liraa (Levantamento de Índice Rápido e Amostral) deste ano em Cascavel. Os agentes de endemias iniciaram as ações na segunda-feira (13) e encerraram ontem. Foram vistoriados 4.736 imóveis neste segundo levantamento no Município.
No 1º ciclo realizado em janeiro de 2023, o Município registrou 2%, considerado médio risco para infestação geral. O preconizado pelo Ministério da Saúde é de até 1%. Durante a realização do Liraa é realizado técnica de pesquisa larvária sendo coletadas larvas em 100% dos depósitos encontrados em cada domicílio, o que permite, além de quantificar as amostras, identificar o tipo de criadouro, evidenciando a prevalência de criadouros em cada estrato. Dessa forma, mesmo os imóveis que já foram visitados recentemente serão inspecionados novamente.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a partir dos dados, serão programadas ações de tratamento e interssetoriais necessárias nas áreas de maior risco. Lembrando que é preciso intensificar os cuidados neste período de chuva e calor e por isso, os moradores devem fazer o dever de casa, com a faxina semanal, não deixando locais que possam acumular água.
Situação no Paraná
Nesta semana a Secretaria Estadual de Saúde também confirmou mais 1.284 casos de dengue no Paraná e, com isso, o estado atingiu 6.851 casos de dengue, distribuídos por 253 municípios. Os números referem-se ao atual período sazonal, iniciado em 1º de agosto do ano passado. O documento não traz novos óbitos, mantendo as seis mortes por dengue no Estado nesse novo período.
Em relação à chikungunya, também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, são mais três casos em relação à semana anterior. No atual período sazonal há 38 confirmações, sendo 23 casos importados, 13 autóctones e dois ainda em investigação quanto ao local provável de infecção. Os casos autóctones, ou seja, quando a doença é contraída no município de residência ocorreram em Pato Branco, Foz do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Matelândia e Umuarama.