Política

Subsídio e tarifa do transporte tiram o sono de Paranhos

Contratualmente, as empresas têm direito ao reajuste anual no início de janeiro

Alterações na Rota das Linhas 001 Leste/Oeste, 005 Nordeste/Oeste e 008 Leste/Sudoeste - Foto: Secom
Alterações na Rota das Linhas 001 Leste/Oeste, 005 Nordeste/Oeste e 008 Leste/Sudoeste - Foto: Secom

Reportagem: Patrícia Cabral

O prefeito Leonaldo Paranhos iniciou seu segundo mandato em ritmo acelerado, fiscalizando obras, cobrando publicamente relatórios e reclamando de obras inacabadas. Mas um dos assuntos que mais têm lhe tirado o sono é a questão do transporte coletivo.

É que, contratualmente, as empresas têm direito ao reajuste anual no início de janeiro. Contudo, a situação é tão crítica que virou um balaio de gato. As empresas amargam o pior ano da história, com queda de mais da metade do faturamento, e agora precisam iniciar o pagamento de reajuste retroativo aos trabalhadores, determinado já duas semanas pela Justiça. E, em vez de cobrar o reajuste anual, que, na prática poderia dobrar o valor da tarifa se a planilha fosse levada ao pé da letra, a tentativa é conseguir chegar a um consenso sobre o subsídio discutido desde abril do ano passado.

Questionado sobre o assunto, Paranhos não esconde sua preocupação. “O tema é muito polêmico porque as empresas têm uma demanda reprimida com a diminuição do número de passageiros e entendemos isso. O protocolo de pedido de reajuste da tarifa foi feito na Transitar no fim do ano e ainda não chegou até nós. A autarquia precisa ainda fazer um estudo da planilha e encaminhar para a prefeitura para analisarmos o caso. A discussão é profunda, porque as empresas pediram na Justiça um aporte financeiro por causa dos prejuízos que tiveram durante a pandemia, recorremos e estamos tentando um acordo com uma proposta mais coerente e mais justa”, resume.

O prefeito ainda não arrisca a cifra, mas antecipa que estão disponíveis para esse acordo os R$ 3 milhões devolvidos pela Câmara de Vereadores no fim do ano e mais a restituição de mais de R$ 5 milhões referente ao contrato do lixo.

Na Transitar, a presidente Simoni Soares afirma que não houve pedido de reajuste. “Não se fala em reajuste tarifário neste momento por causa do desequilíbrio contratual”, argumenta. “O fluxo de passageiros caiu 50% e, portanto, se nos basearmos na planilha atual, o valor da tarifa teria que dobrar, ou seja, seria muito elevado para o usuário”.

As empresas foram procuradas mas não querem se manifestar no momento, aguardando uma solução para a negociação.

Compromissos na capital

Nesta quarta (6), Leonaldo Paranhos embarca para a capital do Estado para apresentar projetos e buscar parcerias para a continuação e o começo de obras. “Vamos apresentar o novo programa Cascavel Avança Mais, que inclui com obras para educação e saúde no valor de R$ 130 milhões. Além disso, buscamos parcerias para R$ 65 milhões que pretendemos utilizar em projetos estruturantes, projetos ambientais e relacionados à saúde”, projeta.