Educação

Professores lutam por piso nacional

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Dez anos depois da implantação do piso nacional, os professores cascavelenses ainda lutam para que a tabela entre em vigor na rede municipal de Cascavel. Esse é um dos principais pontos em negociação, antes mesmo da data-base de maio, já discutido pelo Sismuvel (Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Cascavel) com a administração de Leonaldo Paranhos (PSC).

Mesmo com um percentual escalonado pago ano passado pela atual gestão para se aproximar do piso, ainda existe uma defasagem de 3,75% entre 2014 e 2015, além da reposição de 4,17% deste ano. Total que passa a ser questionado pela categoria, que não quer mais receber o proporcional em forma de abono, que acaba impactando nos ganhos de todos os demais educadores.

Quem ingressa hoje na rede municipal deveria receber R$ 2.557,73 de salário inicial, no entanto o vencimento é de R$ 2.355,45 por 40 horas semanais. Quem atua 20 horas recebe R$ 1.177,72.

Na segunda quinzena de março novas reuniões estão previstas e, segundo a presidente do Siprovel, Josiane Vendrame, a administração tem se mostrado aberta ao diálogo: “Há uma intenção de negociar. O Município deixou aberta uma nova reunião na qual teremos os cálculos do que pode ser feito a partir de maio”, afirma.

Em toda a rede municipal são 4 mil professores – 180 recebem abaixo do piso nacional. A categoria incluirá na reivindicação a correção da inflação do último mês, entre 3,5% e 3,7%.

Como o Município está com os gastos com pessoal acima do permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o Siprovel acredita que até a data-base o caixa esteja em ordem para que sejam atendidas as reivindicações dos professores. “Pelo que temos conhecimento, a prefeitura cortou horas extras e também terá arrecadação maior nestes meses, com isso, até abril terá resolvido a questão do limite prudencial. Assim, seguimos com os pontos da categoria”.

Reportagem: Josimar Bagatoli