Curitiba e Paraná - Com o maior número de instituições inscritas e recorde de proposições apresentadas, a 6ª Legislatura do Parlamento Universitário foi encerrada nesta sexta-feira (25). A edição contou com um novo formato de participação de comunicadores universitários e se destacou pelo alto engajamento: 127 proposições foram protocoladas ao longo de sete dias, sendo 123 projetos de lei, dois de lei complementar, uma proposta de emenda à Constituição e um projeto de decreto legislativo.
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Na terceira e última sessão plenária, os 54 deputados universitários, oriundos de 24 instituições de ensino do Paraná, apreciaram as últimas 48 propostas. Ao todo, 107 proposições chegaram ao Plenário, com 97 aprovadas, seis rejeitadas e três retiradas de pauta. As comissões temáticas emitiram 147 pareceres, e a CCJ analisou a viabilidade legal de 118 propostas. Uma audiência pública também foi realizada, aprofundando o debate sobre um projeto apresentado pela governadora universitária.
O crescimento da iniciativa foi expressivo: em relação à edição anterior, houve aumento de 71% nas instituições participantes. “O Parlamento Universitário permite vivenciar, além das redes sociais, os espaços reais de debate político e democrático”, destacou Jeulliano Pedroso, diretor da Escola do Legislativo. A edição também contou com a visita de ex-governadores e parlamentares, ampliando o diálogo entre os universitários e lideranças experientes.
Outro destaque foi a inclusão de estudantes de Jornalismo, Publicidade, RP e Comunicação Organizacional em funções de imprensa, assessoria e cobertura legislativa. Para o coordenador de Comunicação da Alep, Roger Pereira, essa dinâmica trouxe mais realismo à simulação: “Deputados mudaram de posição por conta da repercussão externa. A comunicação pautou o Parlamento”.
Servidores da Alep, como os das diretorias de Comunicação, Plenário e da Escola do Legislativo, orientaram os participantes em todas as etapas – desde a elaboração de pareceres e debates até a produção de reportagens, entrevistas e gestão das redes sociais, com apoio de veículos parceiros como Portal Nosso Dia, O Luzeiro, XV Curitiba e Umuarama News.
Durante a cerimônia de encerramento, os deputados estaduais Maria Victoria (PP), Denian Couto (Podemos) e Anibelli Neto (MDB) se comprometeram a analisar as proposições dos universitários. “Esperamos que essa experiência motive jovens e mulheres a participarem da política”, afirmou Maria Victoria.
A programação contou ainda com palestras sobre o orçamento do Estado e conversas com deputados estaduais como Ana Júlia (PT), Mabel Canto (PP), Evandro Araújo (PSD), Romanelli (PSD), Goura (PDT) e Tercílio Turini (MDB), além da posse presidida por Marcia Huçulak (PSD).
Acessibilidade no centro do debate
A participação do deputado universitário Rodrigo Amoedo (UniEnsino), tetraplégico há dez anos, levou o tema da acessibilidade ao centro das discussões. Ele propôs projetos voltados a pessoas com deficiência e relatou dificuldades físicas durante a simulação, como a ausência de rampas adequadas para acesso à mesa diretora.
A situação mobilizou a Alep: a criação de um colegiado para estudar adaptações estruturais foi anunciada por Alexandre Curi (PSD). “É uma prova de que o Parlamento Universitário não só ensina os jovens, mas também nos ensina a melhorar a própria Casa”, afirmou.
“Não basta ter rampa. Ela precisa ser realmente acessível”, ressaltou Amoedo, ao agradecer o acolhimento e as medidas anunciadas. “Vim para aprender, e acabei contribuindo com algo maior. Isso vai ajudar muita gente”.
Fonte: Alep