Política

Na trave: Câmara rejeita criação de consórcio de lixo

O projeto foi rejeitado por 10 votos a 9.

Toledo – Muita discussão e momentos de tensão marcaram a votação, em turno único, do Projeto de Lei 133, de 2019, de autoria do Poder Executivo, que autorizava e ratificava a participação do Município de Toledo no Consórcio Intermunicipal para a Gestão e Tratamento de Resíduos Urbanos do Oeste do Paraná. O projeto foi rejeitado por 10 votos a 9.

Na prática, mesmo sem um projeto físico, a proposta encaminhada pelo Executivo autorizava o Município de Toledo a substituir as 32 bases de recebimento de resíduos do oeste por uma base somente em Toledo. Os resíduos seriam oriundos dos municípios de Anahy, Assis Chateaubriand, Boa Vista da Aparecida, Braganey, Brasilândia do Sul, Cafelândia, Capitão Leônidas Marques, Catanduvas, Céu Azul, Corbélia, Diamante do Oeste, Entre Rios do Oeste, Formosa do Oeste, Francisco Alves, Ibema, Iracema do Oeste, Jesuítas, Lindoeste, Maripá, Nova Santa Rosa, Ouro Verde do Oeste, Pato Bragado, Quatro Pontes, Santa Lúcia, Santa Tereza do Oeste, São José das Palmeiras, São Pedro do Iguaçu, Terra Roxa, Três Barras do Paraná, Tupâssi e Vera Cruz do Oeste.

Esses 32 municípios geram uma média de 313 toneladas de lixo por dia e quase 115 milhões de toneladas por ano. O valor pago atualmente por tonelada de lixo é de R$ 170 e, a partir do consórcio, os municípios passarão a repassar R$ 100 por tonelada para o Município de Toledo, responsável por gerir o consórcio.

A vereadora Marli do Esporte (PSB), que participou de todas as audiências públicas, foi contrária ao projeto de lei: “Sou contrária a esse projeto, do jeito que está, pois oferece risco à saúde pública. Imaginem esse lixo, oriundo de 32 municípios, percorrendo diariamente cerca de 80, 100 quilômetros por dia? Ainda não encontramos a solução para resolver o problema do lixo do nosso município, então não tem como absorver o problema de outros 32”, argumentou.