Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, foi preso na manhã desta quinta-feira (18) em Atibaia, no interior de São Paulo. Ele estava em um imóvel de Frederick Wassef, advogado do filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Queiroz será encaminhado para o Palácio da Polícia, no centro de São Paulo. Ainda hoje, o ex-motorista da família Bolsonaro deverá ser encaminhado para o Rio de Janeiro.
Além do mandado de prisão, a Justiça do Rio de Janeiro expediu mandados de busca e apreensão na residência.
De acordo com o Coaf (Conselho de Atividades Financeiras), Fabrício Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta de maneira considerada “atípica” entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.
Queiroz afirmou que recebia parte dos valores dos salários dos colegas de gabinete. Ele diz que usava esse dinheiro para remunerar assessores informais de Flávio, sem conhecimento do então deputado estadual. A sua defesa, contudo, nunca apontou os beneficiários finais dos valores.
A ação é um desdobramento da investigação que apura um suposto esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do RJ, no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro. “Rachadinha” é quando funcionários são coagidos a devolver parte de seus salários.
Queiroz foi motorista e assessor de Flávio Bolsonaro até outubro de 2018. A operação foi realizada pelo MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), com apoio da Polícia Civil de São Paulo.
Investigação
Flávio Bolsonaro é investigado desde janeiro de 2018 sob a suspeita de recolher parte do salário de seus subordinados na Assembleia do Rio de 2007 a 2018. Os crimes em apuração são peculato, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e organização criminosa.
A apuração relacionada ao senador começou após relatório do antigo Coaf, hoje ligado ao Banco Central, indicar movimentação financeira atípica de Fabrício Queiroz, seu ex-assessor e amigo do presidente Jair Bolsonaro.