Política

Contra bebida nos estádios

A aprovação do projeto de Lei 50/2017 na Assembleia Legislativa do Paraná na segunda-feira repercutiu e muito na Câmara de Vereadores de Cascavel. O projeto, que ainda precisa passar por segunda votação, permite a venda de bebidas alcoólicas nos estádios do Paraná.

E a resposta, por aqui, foi imediata. Uma moção de repúdio já foi elaborada e assinada por 19 vereadores. Na semana que vem, o documento será levado à Curitiba, à Assembleia Legislativa. “Vamos deixar a nossa posição na mão do presidente, marcar nossa opinião”, afirma o vereador líder de governo na Casa de Leis, Alécio Espínola.

“O momento no estádio é de grande emoção e será de grande consumo de bebida alcoólica. É nesse momento que gravíssimos acidentes ocorrem”, relata, preocupado.

Números

O líder de governo, já conhecido por ser contra o consumo de bebida alcoólica associado ao volante, foi “engatilhado” no assunto a partir do colega Rômulo Quintino. Ele usou a tribuna na sessão dessa terça-feira para se colocar contrário ao projeto. “Os números apontam que 70% dos acidentes que ocorrem à noite ou nos fins de semana são em decorrência do excesso do consumo de álcool. Se essa medida for mesmo aprovada, precisamos de outra imediata com o aumento do valor das multas, mas esperamos que o projeto não prospere”, comenta Rômulo.

Para ele, o maior problema está no caminho que essa pessoa que consumir bebida alcoólica vai fazer depois de sair do estádio. “É um pensamento lógico, a pessoa que consumiu bebida ali vai para o trânsito. E é por isso que as UPAs estão lotadas, o Hospital Universitário está lotado, por conta de acidentes de trânsito gerados a partir do consumo de álcool”, lamenta.

Lei em andamento

Apesar do grande debate gerado em torno do tema, o vereador Alécio Espínola disse que está com seu projeto de Lei em andamento para regulamentação dos eventos denominados “cervejadas”. “Não queremos impedir, mas sim regulamentar o grande número de festas realizadas em Cascavel e ter um calendário específico a respeito”, complementa.