Política

Coluna Contraponto do dia 12 de junho de 2018

Fanini chega a Curitiba

Maurício Fanini desembarcou na tarde de ontem em Curitiba e foi direto para a superintendência da Polícia Federal, no Bairro Santa Cândida. Pivô da Operação Quadro Negro, ele tinha sido levado para Brasília no início de maio por motivo de segurança. Ainda não se sabe quem o ameaçava. Em Brasília, Fanini prestou novo depoimento para confirmar, por carta precatória, os termos de sua delação premiada a pedido do juiz da 9ª Vara Criminal da Justiça Estadual. Logo em seguida, o ministro do STF Luiz Fux determinou que o processo tramite em Curitiba, já que os agentes públicos citados perderam foro privilegiado nos tribunais superiores.

Incolumidade

Fux determinou no traslado de Fanini para Curitiba que a Polícia Federal tomasse todas as medidas de segurança necessárias para proteger a “incolumidade” física do acusado.

FHC, Alvaro e Alckmin

Políticos que integram um grupo liderado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acreditam que precisam concentrar suas conversas com três nomes: a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede), o presidenciável do PSDB Geraldo Alckmin e o senador Alvaro Dias, pré-candidato do Podemos, além de Rodrigo Maia (DEM). Seria a fórmula para dar unidade e consistência à corrente de centro, capaz de enfrentar os extremos Jair Bolsonaro, à direita, e Ciro Gomes, à esquerda.

Desconfiança

Estacionado nas pesquisas de intenção de voto, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin enfrenta a desconfiança de aliados e até de setores do próprio PSDB sobre suas chances e está sendo pressionado a adotar uma estratégia mais agressiva.

Clima ruim

A articulação do grupo ligado a FHC irritou o entorno de Alckmin. A leitura é de que o movimento criou um clima ruim e “espantou” os dois principais alvos do partido nesse momento: o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e Alvaro Dias (Podemos). Os tucanos marcaram um jantar com Maia na semana que vem para recompor a relação.

Afunilamento

O pré-candidato do Podemos, Alvaro Dias, tem dito que acredita em um afunilamento no primeiro turno para dois candidatos do centro: um liderado pelo PSDB e outro à margem dessa composição. “É difícil saber agora qual é o nome mais adequado para liderar essa convergência. É muito cedo para identificarmos. O ambiente está muito confuso”, afirmou Dias.

Carne fraca na PM

Nos quartéis da Polícia Militar do Paraná em que ainda se serve “rancho” para a tropa, adiciona-se mais um problema: não tem carne na mistura. É arroz, feijão, alguns legumes. Não se dispensam também doações da vizinhança de alguns batalhões, como ocorre no 13º BPM.

Contribuição

Nessa segunda-feira (11), diante da total inexistência de carne, os policiais foram avisados por WhatsApp que, se quiserem, podem contribuir com R$ 10 por semana para suprir a falta. Também não recebem vale-refeição os PMs obrigados a cumprir jornadas contínuas de 12 horas nas ruas e sem possibilidade de voltar ao quartel. Nesses casos, contam com a gentileza de donos de lanchonetes e restaurantes que lhes oferecem refeições gratuitas.

“Na cabeça”

O ex-presidente FHC não foi muito útil para Lula, que o chamou como testemunha de defesa no processo em que é acusado de ter recebido reformas no sítio de Atibaia como forma de propina paga por empreiteiras. Por videoconferência, FHC foi questionado por Moro se ele já tinha sido beneficiado com reformas em seus imóveis pagas por terceiros. Ao que ele respondeu: “Eu não tenho muita coisa a reformar, só minha cabeça mesmo”.